Quem não gosta de ter uma bela companhia?
EU!
Já faziam meses que eu estava só... E nem pensava na hipótese de estar com alguém.
A minha vida estava ótima sem ter que me preocupar com alguém.
Não me importava com beijos, abraços e muito menos sexo!
Eu bebia, fumava e "vagabundeava" excessivamente...
Quem gostaria de estar ao lado de um cara assim?
Bom, eu não sei...
Sei que nos últimos dias estive conversando com uma garota de outra cidade.
Nos falávamos por um "bate-papo", essas coisas de Internet...
Cada dia que passava, a cada conversa, eu me interessava mais por ela.
E minha cabeça deu um nó, por isso decidi encontrá-la...
Queria a todo custo conhecer aquela moça que só via por fotos.
Não queria nada demais, somente conhecê-la...
Eu não tinha nenhuma intenção pervertida.
Cigarros e bebidas me atraiam mais que mulheres.
Mas ela... Ah ela! Eu me encantei pelos olhos da mesma...
As fotos me diziam muitas coisas, mas ao mesmo tempo me deixavam curioso.
As coincidências eram muitas... Gostos por musica, arte, lugares e até mesmo a marca de cigarro!
Como tudo que faço na vida, eu acordei um dia e disse: vou vê-la!
Arrumei-me, peguei minha mochila e a avisei que estava a caminho.
Tudo vinha a meu favor, trocávamos palavras de amor, depoimentos, poeminhas infantis, até mesmo fiz uma musica para ela!
A primeira coisa que fiz quando cheguei na cidade onde ela morava, foi tomar uns tragos de uísque para relaxar.
Não conseguia esconder a ansiedade, o nervosismo.
Na rodoviária eu via pessoas, rostos desconhecidos, mulheres lindas que pareciam intocáveis, mas eu as odiava.
Meu pensamento sobre socializar estava abalado, eu odiava as pessoas com suas manias e modos de vida, até mesmo os meus.
No caminho que nos separava fui pensando milhares de coisas, como seria se eu não gostasse dela, ou se eu me apaixonasse e ela não gostasse de mim...
Atormentei-me com essas questões, mas mesmo assim segui em frente...
Minhas expectativas ruins se foram quando a encontrei...
"Linda", disse a mim mesmo em pensamento, os olhos brilhavam, o corpo tremia, a garganta secava, e eu engolia a seco minha timidez...
Eu estava "enferrujado", não sabia como tratá-la, nem o que dizer...
Fui simples. Fui eu mesmo, segui o meu extinto.
A euforia dela por estar comigo me assustava, mas ao mesmo tempo me confortava, pois mostrava que ela havia gostado da minha presença...
Com a educação que "mamãe" me deu, fui gentil, cordial e cavalheiro. Talvez ela nunca havia sido tratada assim, pois os olhos dela me diziam isso.
A cada ato meu de cavalheirismo, um suspiro e um sorriso dela.
A convidei para sentarmos em um "pub" um tanto quanto "granfino" que já conhecia de outras viagens naquela cidade...
Os olhos alheios nos perseguiam, pois não sou o típico "gentleman", sou mais parecido com um adolescente rebelde, com corte de cabelo nada convencional e algumas tatuagens espalhadas pelo corpo, nas orelhas dois rombos, no rosto alguns adornos... Mas talvez isso a encantava.
Para ela eu não era um cara comum, era o cara com o "estilo" que ela queria (leia-se eu era "maloqueiro"), e ainda romântico.
Durante todo tempo nos olhávamos e conversávamos coisas sobre nós, tudo para nos conhecermos.
A bebida esquecida na mesa não fazia falta, pois eu matava minha sede com as palavras da linda moça sentada a minha frente...
Eram quatro horas da tarde, e queríamos conhecer mais lugares daquela rua cheia de bares e baladas...
Saímos de um para outro, sempre conversando e trocando elogios, até que tomei a atitude de dar as mãos a ela (sim eu sei, demorou, mas eu consegui vencer a timidez). Por sorte ela não recusou.
Depois de muito tempo escolhendo nosso próximo ponto de parada, escolhemos um bar mais reservado, sem muita gente.
O lugar bonito, bem arrumado e o mais importante... Vazio!
Ali eu poderia "atacar" e mesmo que um "não" me aguardasse, ninguém veria minha cara de perdedor.
Até o momento, eu jamais imaginaria que uma moça do patamar dela pudesse gostar de mim.
Mas fui seguro, continuei com os elogios e dando atenção total a minha musa.
A certo ponto eu não conseguia mais segurar a vontade de beijá-la, eu já não entendia nada dentro de mim.
Um emaranhado de sensações rodopiaram junto com a minha cabeça. Então tomei a decisão, fui me aproximando, até quase colar nossos rostos.
Ali percebi que não seria trágico meu final, eu teria o que almejava.
Como uma cena de filme romântico, "meloso" pra ser mais exato nos beijávamos, e em intervalos rápidos, parávamos e sorriamos de olhos semi fechados e rostos colados.
"Aaaaah..." suspirei fundo e disse: "Há quanto tempo não me sentia assim”.
E um belo sorriso tomou conta do rosto dela, e com o mesmo ainda "estampado" como uma foto, daquelas que você não consegue parar de olhar sabe? Ela disse: “Nem eu... Você me faz bem!”.
Em minha cabeça só passava uma coisa. "Meu dia está ganho!”.
A noite chagara rápido, e nossa conversa já se tornara calorosa, feliz. E já não tínhamos a timidez do inicio.
Os abraços eram fortes, os beijos românticos e as caricias iam se tornando cada vez mais "calientes".
Não se era a bebida, o calor, ou a iluminação do lugar (tudo bem a iluminação é somente uma desculpa para nos aproximarmos mais, pois era um lugar de baixa iluminação). Cada vez mais nos envolvíamos na loucura um do outro.
Eu fazia carinho em seu cabelo e em seu rosto, entre um trago e outro no cigarro, um abraço.
Eu a abraçava e a beijava no pescoço, mas como forma de carinho, nada com segundas intenções...
Mas a cada beijo singelo os seus braços se arrepiavam, e os surtos de apertões na minha barriga começaram...
Em muitas vezes ela fechava os olhos, esticava os braços e mordia os lábios, como forma de mostra que estava se segurando para fazer algo.
Depois de um mútuo silencio e olhares trocados uma frase solta no ar... "Não agüento mais... Tudo em você me agrada e eu te quero agora!”.
Não pude conter minha expressão de assustado, e sem movimentação alguma, seus braços me envolveram em uma louca e calorosa ação de "ataque".
Senti-me acuado e sem saber o que fazer. Suas mãos percorriam minhas costas, e sua boca meu pescoço, seus beijos e caricias me levavam a loucura.
Sem nenhum esboço de reação, deixei que ela me entorpecesse com sua "maldita" sensualidade. Não agüentava mais aquela tortura, eu a desejava.
Suas mãos chegaram as minhas pernas, me fazendo delirar, mas estávamos em um lugar publico, não poderia deixar aquilo seguir em frente. Minha mente pensava assim, mas meu corpo não! Quando suas mãos alcançaram o vão da cadeira e o zíper da minha calça, não pude me conter, a puxei pelos cabelos (de leve claro), ao pé do ouvido o sussurro: "Pare com isso, pois já estou louco de tesão”.
Um sorriso safado e um olhar de baixo pra cima me disseram que ela não ia parar. Ela me surpreendeu quando pegou minha mão, colocou entre suas pernas e cobriu com a bolsa dela. Puxou-me para perto e quase aos gemidos me disse: "Faça o que quiser comigo, sou tua, só tua!”.
Estático e quase em estado de choque, não fiz nada. Ela pegava minha mão e mesmo por cima de sua calça me forçava a masturbá-la. Por sorte, o lugar estava vazio.
Não me contive, continuei, e a levei a loucura, mas eu não queria aquilo...
Com muito esforço, consegui fazê-la parar, um sossego e uma dor imensa no meio das pernas, com o pênis quase estourando minhas calças, me contive.
As horas foram passando e as pessoas foram chegando e lotando o lugar, assim como todos os bares daquela rua.
Eu me segurando para não "agarrar" no pescoço dela e arrancar sua roupa com os dentes, e ela me olhando com aquela cara de safada e se mordendo para não fazer o mesmo comigo.
A vontade já se tornava incontrolável, e não poderia mais ficar ali, pedi para nos retirarmos com a desculpa esfarrapada de estar com sono, mas o tesão saia pelos meus poros...
Foi um trabalho árduo convencê-la a ir embora, mas consegui!
Subíamos a rua, e ela não parava de me jogar nas vielas escuras para me perturbar com suas loucuras sexuais.
Eu já estava louco, não suportava mais aquela vontade de tê-la nua na cama.
Quando pensei que tinha acabado, e já estávamos acalmados, mais uma vez fui surpreendido por um surto dela.
Desta vez não pude me conter, deixei que suas mãos abrissem meu zíper, o frio dominou meu pênis, mas sua mão quente o aqueceu e lambuzou com todo tesão que ela me passava. Com uma mão me masturbava e com a outra me arranhava...
Eu virei uma mescla de preocupação e sensações...
Estávamos literalmente em publico, e ela nem ligava para isso, continuou com seu trabalho de me deixar louco...
Ela me pedia em voz baixa, para que colocasse meu pênis no meio de suas pernas, eu atendi seu pedido insano. Ela rebolava, enlouquecia e me deixava louco.
Eu me segurava para não gozar. Ela pegava minhas mãos e fazia com que eu passasse em seus seios e suas pernas. Os seios endurecidos e empinados mostravam o teor de tesão. Não suportei quando vi seu rosto com uma expressão louca, de olhos fechados. Ela dizia em voz baixa, dizendo a si mesmo: "Rebola, rebola e rebola...”.
Isso foi pra mim a melhor forma dela me mostrar que estava gostando daquilo!
A pior coisa era saber que não podíamos continuar ali, tive que lhe pedir que parasse.
Pegamos o rumo para o metrô. Nos rostos expressões de felicidades, sorrisos singelos.
Adormecemos ao som dos trilhos, misturado a musica dividida entre os fones.
Quando abri os olhos, enxerguei aquela que me mudou. A vi de olhos fechados com a cabeça encostada em meu ombro e pensei: "Aquela imagem de anjo, tornou-se a imagem do meu desejo...”.
A olhei por alguns segundos e a vi acordar. Ela acordou e me deu um beijo... Quando saímos do metrô eram cinco horas da manhã, eu não conseguia parar de olhar seu corpo... Ela percebeu que ainda a desejava e me agarrou. A afastei segurei em seus braços e disse: "Melhor pararmos antes que eu arranque sua roupa e te coma inteira aqui mesmo!”.
Ela entendeu o recado. Paramos no primeiro motel que avistamos e ali eu fui feliz junto dela...
O assexuado passou a pervertido... E todos meus conceitos caíram por terra. Mal posso esperar para a próxima vez.
Talvez eu me faça de difícil, pois adoraria passar por tudo isso mais uma vez!