(Texto baseado na entrevista com: Agostinho da Silva. Filósofo, poeta e ensaísta português.)
O “dono” de um gato, assim como o “nosso” dono, tem de ter a mão bastante leve, para nunca machucar, fazendo com que, os castigos sirvam de lições. Assim como brigamos ou batemos em um gato, para que ele faça certas coisas em determinados momentos, a vida nos faz o mesmo. Embora não saibamos o significado real de nosso dono, quase sempre, o denominamos Deus. O que é uma coisa perigosa. Deus pode ser a explicação, para o que se possa existir, para o divino ou além físico, mas também pode servir para determinadas pessoas; ter o que garanta a ele uma forma de se portarem bem. A fé, uma maneira de convencer a si mesmo, de que algo realmente exista, sem ter nenhuma matemática no meio, sem ter nenhuma equação que o prove. O recomendado é nunca se dar nome ao nosso dono.
Assim como o gato que não nos chama pelo nome, mas em grande parte, nos obedece.
O gato é um animal que está naturalmente na vida, e se cumpre gato. E lá, imediatamente nesse contemplo, a idéia fundamental que parece ser. Nós, que não somos gato, mas uma coisa diferente; temos que se cumprir. Então a filosofia natural do gato, parece ser para todos nós, a de se cumprir. Não e a de cumprir só, é a de cumprir-se. Assim como deveria ser para nós, humanos. Simples assim, cumprir-se humanos. Coisa a qual, não cumprimos todo o sempre. Tornando-nos coisas diferentes a cada dia, moldados perante as situações que nos encontramos. O que não é totalmente errado, pois devemos ter cautela com nossas atitudes. Mas em grande parte, deixamos transparecer aquilo que não somos. Devemos ter cautela, mas sem deixar de lado o que somos realmente. Agir com cautela, mas sempre na veracidade do que somos.
2 comentários:
Lindo texto , continue a escrever ♥.
Mudar é necessário... não há nada que faça lhe sentir mais vivo do que isto! Mas, com muita cautela como já se diz no texto.. não podemos se deixar apagar nossa essência. Ótimo texto, continue assim.
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