Certa noite... Refleti sobre este tempo em que vivo. Sobre o passado e também sobre as historias que conheço. Tempos em que não presenciei os acontecimentos, mas tive o privilegio de conhecer...
Tempos em que nossa arte, cultura e musica... Tiveram sua alta produtividade.
Tempos em que nossos grandes idealistas, pensadores e criadores, foram considerados improdutivos e sem utilidade. Julgados, condenados, extraditados por serem contra um estado ditatorial. Tiveram que pensar uma, duas, três vezes para passar suas mensagens, mensagens que de alguma forma... Atacariam a integridade deste governo extremista. Esconderam em refrões, pedidos de socorro, protestos contra políticos e até mandaram o próprio pai se calar! Tinham de esconder muito bem... Pois qualquer mensagem descoberta... Poderia ser motivo de morte. Neste mesmo tempo; os feriados tinham valores... Comemoravam-se conquistas, ou nos serviam para lembrar algo valioso.
Atos heróicos e força de vontade eram exaltados.
Hoje... Restaram os costumes e perderam-se os valores.
Estranho pensar que lutou-se tanto para termos algo em nossas mãos, para desperdiçarmos tão facilmente.
Deixamos a ignorância se alastrar como uma praga! Festejamos sem motivos, aceitamos escândalos governamentais e sorrimos ao ver o criminoso tornar-se herói.
E nossa nova musica? Citam sexo, drogas e criminalidade... Isto quando não são fúteis o suficiente para não valer nada! Musicas que rebaixam as mulheres, como se fosse natural. Crianças em contato com sexualidade, noticiários enfatizando desgraças... Sensacionalismo, oportunismo!
Nas ruas... Agressões sem motivos, desemprego, vadiagem. Preconceitos evoluindo!
Agora... Eu me pergunto... Isto é evolução?
Em minha adolescência, quando pensava e planeja meus protestos... Não era bem esta evolução que almejava. Não buscava me aproveitar da falsa liberdade para cometer meus erros.
Hoje enxergo que era infantil. Que meus protestos juvenis não tinham alvos exatos... Para onde mesmo eu apontava minhas armas? Não faço idéia...
Orgulho-me de atualmente levantar a bandeira contrária as minhas antigas idéias!
Como um estado pode ser tão cego? Cego por opção... Opção unânime! Do “povo” e “governo”... Que tapam os olhos com as próprias mãos, inutilizando-as para o trabalho... E ainda assim, diante a todo este ócio; reclamam seus direitos... Direitos? A quem? Para quê? Se destruir? Destruir alguém?
Recuso-me aos mesmos... Prefiro ficar no aguardo de outro golpe de estado!
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