sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Um novo modo de enxergar um encontro.

Sem edições, aqui vai mais um de meus contos “sensatos”, sem restrições e com um “segredo” envolvido... Sei que não são muitos os meus leitores fiéis, mas penso que será divertido, a quem me conhece, desvendar o que contém de diferente neste! Espero que gostem! Um abraço a todos


Carlos William.


Casual.


“Esta, de fato, foi a melhor decisão que tomei em toda minha vida!”

Assim pensei quando desembarquei no aeroporto... Por alguns instantes observei a movimentação e segui para a portaria. Estava exausta e só pensava em descansar, ter um tempo para mim. O peso da profissão chegara rápido demais, talvez pelos excessos. Vou explicar-lhes melhor...

Logo após o termino de meus estudos, procurei seguir a finco e me dedicar a profissão. Escolhi trabalhar na área de moda... Pois assim, poderia conhecer o mundo e sempre estar em contato com outras pessoas. Eu sempre sonhei em conhecer outros países e seus costumes, ter contato com suas culturas e talvez até conhecer alguém interessante. Apesar de ter este pensamento, não me deixei levar pelo “conhecer” e dei preferência à solidão caseira, deixei os contatos para o profissionalismo e diversão, não queria ter a obrigação de estar sempre ao lado de alguém, ou até mesmo prender-me a um casamento. Ao menos no momento... Eu queria primeiro me realizar profissionalmente, para posteriormente construir uma família. Acabei por me dedicar demais! Por medo de criar uma expectativa maior, não me deixava levar por encontros, carinhos, presentes ou quaisquer coisas que me aparentasse uma aproximação. Claro que isto ajudava, e muito, a ter tempo para arcar com as responsabilidades do trabalho. Com tanta dedicação, veio o reconhecimento e o “glamour” do ramo. Propostas para viagens e contratos no exterior. Os mesmos que me encheram os olhos para a Europa.

O “mundo” da moda girava lá! E sem pestanejar aceitei trabalhar em uma agência na frança. Eram as mil maravilhas, afinal, quem não almeja realização pessoal? Em um ano, minha carreira alavancou descontroladamente e já me via sem tempo algum para viver o meu “pessoal”... E eu não queria mais “atuar”, queria realidade! Este é o lado ruim, o pesar, de minha profissão... Tudo é muito “teatral”.

E foi um ano! O tempo exato para sentir saudades do bom e velho arroz e feijão, das noites paulistanas e o conturbado condomínio onde morava. Desde o começo eu sentia saudades, mas pesou-me mais quando a solidão pesou também. Eu queria visitar meus pais, ter a presença real de alguém, não como era, por apenas interesse. Aguardei o término do contrato e neguei uma renovação... Procurei embarcar no primeiro avião para o Brasil. Todas as decisões em minha vida foram drásticas, até mesmo a escolha pela solidão, eu não sabia o sentido de moderação... Mas em algum momento eu precisava descobrir isto! Cansada de observar casais perambulando pelas ruas de Paris, cidade romântica, cheia de encanto. Em alguns momentos me via com inveja destes mesmos casais. Até ali, minhas “historias” românticas, não passavam de... Aventuras! Romances adolescentes, experiências deixadas para trás... Lembro-me de uma delas, a única que teve algum valor. Antes de cursar a faculdade, passei três anos ao lado de um garoto um tanto mais velho, que me valorizava bastante. Atencioso, romântico, mas com uma insanidade sem tamanho, meio perdido na vida, com idéias utópicas e ideologias juvenis e revoltadas... Mas ele soube me mostrar o que era amar, me fez bem estar ao seu lado. Com ele aprendi que ninguém será perfeito! Não nego que me irritava o fato dele pensar em sua “liberdade” absoluta, isto não existe! Mas não posso negar, também, que ele me ensinara muitas coisas... E talvez seja o único, que até hoje tenha me demonstrado algum valor no amor. E não por interesse, mas adoraria saber como ele está. O que ele fez por mim, cativou o que mais tarde viria a pesar... Sabe essas coisas de primeiro amor? Pensar em procurar algo semelhante, ou alguém que possa fazer algo parecido. Sei que isto é bobagem, mas sempre guardamos algo de pessoas que passaram por nossas vidas e tiveram algum valor. Mas no momento ele era apenas uma memória, o que me fizera voltar ao Brasil, era saudade de meus pais e de alguns amigos que a muito não via. Não que eu não tivesse amigos na França, mas grande parte de minha vida havia ficado para trás... E eu precisava retornar a elas! E posso dizer que os franceses não me despertaram interesse algum, principalmente os que eu conhecia, por terem a opção sexual variada... Outro problema em minha profissão! Mesmo que eu não procurasse, não poderia correr o risco de me apaixonar por alguém que no mínimo, gostaria de dividir o estilista famoso que conhecíamos. Só de pensar nesta possibilidade, rio sozinha! O meu retorno não era direcionado a procura de alguém, muito menos desfazer da profissão... Seria como férias prolongadas. E neste tempo, estaria “aberta” a novas possibilidades. Um mundo “novo”, dentro do “antigo”. Durante a viagem, uma “agenda” de horários e “compromissos” se formava em minha mente, era uma mania adquirida com o trabalho. Eu estava ansiosa para ver meus pais. Já se passavam dois anos sem vê-los pessoalmente. Seria a primeira coisa que faria quando chegasse, iria visitá-los e passaríamos alguns dias juntos, depois entraria em contato com alguns amigos, que já estavam cientes do meu retorno. Eu estava disposta a conhecer pessoas novas e me relacionar com algum homem de verdade, não como antes, ou como na França, que não me deixava passar do terceiro encontro... Agora, como diziam minhas amigas do colegial, deixaria “rolar”! Sem intenções, apenas viveria, coisa que não fazia a muito. A idéia de que um relacionamento atrapalharia meu futuro, já estava obsoleta. E talvez fosse o momento ideal para “descongelar” meu coração... Afinal, minha carreira já estava construída. Um romance não atrapalharia mais. E cá para nós... Quem consegue suportar a solidão a vida toda? Bem que eu tentei! Mas me parece impossível. E além do mais, já estava cansada de começar um relacionamento, me deixar levar pelo desejo e depois me afastar por medo de atrapalhar minha carreira. Mas só agora vejo que talvez eu pudesse conciliar um amor com o trabalho. E penso que talvez pudesse ser melhor ter alguém ao lado desde o começo. Um apoio, um alicerce, alguém com quem conversar sobre o meu dia exaustivo e depois cair na cama aos beijos. Tudo bem... É muita perfeição! Mas sonhar não custa nada. E por falar em sonho... Mais um realizado...



“Senhores passageiros, favor colocar os cintos, pois o avião irá aterrissar...”



Enfim... De volta para casa!



Eu não sei por qual motivo, sempre fui organizada, mas me sentia um tanto desastrada, sem rumo... Estava atrapalhada com as bagagens, não conseguia alcançar o celular no bolso, que tocava incessantemente. Eu me sentia atrasada... Mas não existia com o que se preocupar! A ansiedade me deixara assim... Tentei me acalmar, mas o celular me irritava mais ainda! Depois de um tempo “desnorteada”, tomei o rumo de meu velho apartamento no centro de São Paulo... Em primeiro momento, descansei um pouco antes de começar a jornada de visitas e telefonemas. Acomodei-me, mas deixei as malas por desfazer... Passei algumas horas deitada, para depois ir à casa de meus pais. Eu tinha muita coisa para fazer, mas me sentia preguiçosa. E digo que foi ótimo me sentir assim!

Após um cochilo, me arrumei e saí... Sem carro, sem vontade de chamar um taxi, resolvi “passear” de metrô até a casa de meus pais... Diversos telefonemas, entusiasmada com a idéia de rever pessoas, mal prestava atenção no caminho... Mais parecia uma criança apressada para a vida. E com essa pressa, subia as escadarias do metrô, com o celular na mão, andando com passos “apertados”... Sem me importar com os esbarrões costumeiros de São Paulo... Mas tive que me importar com o homem que estava em meu caminho quando quase o pisoteei. Um esbarrão e tanto! Mas foi rápido. Só tive tempo de vê-lo abaixar-se para pegar meu celular no chão, e escutar seu pedido de desculpas... A pressa fez com que eu apenas agradecesse e seguisse meu caminho... Apesar da rapidez do acontecimento, percebi que o homem não se sentia muito bem, ou talvez fosse coisa da minha cabeça... Estranho mesmo foi ter a sensação de já ter visto aquele homem. Afinal... Passei um ano longe de São Paulo... E ele não aparentava ser estrangeiro. Não que não existisse, mas a possibilidade de conhecê-lo era quase nula... Passei o dia com a imagem daquele homem na cabeça, intrigada com a sensação de já ter o visto em algum outro lugar... Não me surpreenderia que talvez em sonho...

Depois de muito pensar nisto... Abaixei a cabeça, coloquei a mão na testa, sorrindo, como quem diz si mesmo:



“Que paranóia a minha... foi apenas um esbarrão!”

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Agradecimento.

Depois de muito tempo sem postar, e muito tempo sem postar algo positivo... Venho por meio deste texto mostrar algo que não mostro a muito tempo... Agradecimento!

Infelizmente, nem todas as pessoas que eu gostaria que lessem este texto irão ler... Mas o que vale é a intenção!

Em um exato momento, minha conclusão se fez... Como em um texto antigo, cito neste que... Fucei fotos, busquei arquivos e tremi diante de mim, meus olhos mergulharam nas lágrimas, mas... Desta vez foi por um sentimento muito bom! Em alguns minutos perdidos buscando em minha memória e dentro de meu arquivo virtual, um pouco do passado. Confesso que tive medo quando comecei a ler algumas coisas, pensei que entraria em mais uma depressão por nostalgia, como todas as outras vezes que me peguei em situações parecidas, em que busco no passado uma resposta para o que acontece hoje. Eu encontrei uma resposta... Mas, diferente das ultimas que tive...

Eu obtive um sorriso, junto a todas as pessoas e momentos que revivi nestes minutos muito bem usados. “Eu vivi muito!”. Esta foi a resposta. Ultimamente andava resmungando demais, me flagelando com coisas negativas, mas vejo que minha mudança tem sido clara! Ao menos para mim. AH! Como eu vivi! Posso dizer que conheci pessoas maravilhosas, vivenciei momentos incríveis ao lado destas mesmas, algumas ficaram no passado, infelizmente é um passo que a vida tem que dar. Outras caminharam ao meu lado, mas isto não quer dizer que exista uma importância maior que outras. Hoje vejo que todas tiveram uma importância individual. E mais... Estas pessoas maravilhosas serviram para me ensinar muitas coisas, me ensinaram a ser o que sou agora. Não que isto seja para sempre, pois ainda vou mudar muito. Mas agora consigo enxergar a importância de cada um. Amores, amizades, brigas, infantilidades e talvez até um pouco de “ódio”... E é estranho pensar que até os momentos ruins são absurdamente importantes, e sempre queremos nos esquecer deles... A vida é realmente engraçada, hoje sorrio para o que um dia eu chorei. E digo que desperdicei muita coisa por ser altamente negativo... E também por não demonstrar o agradecimento que tenho agora... Eu gostaria muito de ter o espaço que tenho em minha visão, igualmente ao espaço que tenho em meu coração, para assim colocar todas as pessoas que estão aqui guardadas, a minha frente, e poder vê-las por inteiro... E agradecer. Como isto não é possível... Deixo que ocupem todo o espaço em meu peito, para que eu carregue isto pela eternidade!

Muito obrigado a todos que fizeram ou fazem parte da minha vida... Agradeço por terem me ensinado a AMAR, ODIAR e a PERDOAR! Todos vocês foram de grande importância para mim!

Eu adoraria dizer isto a todos pessoalmente, mas como não posso; faço por subconsciente. E espero que todas sintam a felicidade que sinto neste momento!

Um abraço a todos, e vivam bem!

sábado, 31 de outubro de 2009

Relatos da madrugada. Noite (dia) sete: 31 de outubro de 2009 – 07:48 AM

Apenas um pensamento...

Sou contra o normal, contra o anormal... Sou a contradição do ser, sou o ser em contradição! Não sou fã do exagero, nem mesmo exagero satisfaz, pois nunca se faz... Exato como o único fato... A ida! Acreditar, desacreditar... Em que? Para que?
Ser ecologicamente correto, sem negar-se aos desejos. Equilibrar a razão e o coração. Ter noção! Nada nos pertence... Assim tudo passa a ser nada. E o tudo passa a nos pertencer.
Entender... Pesar medidas iguais, mas de tamanhos diferentes... Densidade, desigualdade, que se faz em valor! O menor valer mais, o maior se faz vapor... Quantidade não é qualidade, então para que tanta saúde? Tanto espaço? Tanta vaidade? O que você quer na verdade? Sonhar com o futuro é bom, mas não realizar é frustração! Expectativa por certas vezes em vão... Para que tanta preocupação? Será mesmo bom viver cem anos? Ou o melhor a se fazer é lavar as mãos?
Mais importante é... Ser orgulho para terceiro, do que se orgulhar primeiro!
Dar atenção a criticas ou elogios... E sentir-se uma agulha no palheiro...
O que você é? Ou o que você quer? O que te faz sorrir?
O QUE FAZ VOCÊ FELIZ?

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Relatos da madrugada. Noite seis: 27 de outubro de 2009 – 03:09 AM

Algumas noites não constam... Favor buscar na memória o que falta das peças do quebra cabeça.
Será que realmente falta? Ou estas noites não fazem falta?
Digo que é utópico, ilusório, irreal e qualquer outro adjetivo que faça valer o sentido de... Sem sentido! Fato que estas noites em que nego-me a registrar, são realmente válidas, mas apenas para retirar certas partes. Não que eu queira apaga-las de minha mente... Apenas não deixarei em aberto o que não se deve! Caminhei sob minha consciência,testei meus limites, do corpo e do coração... Descobri que tenho um controle muito bom sob meus atos e desejos carnais, mas descobri que tenho uma falta de controle imensa sob meus desejos espirituais e sob meus sentimentos...
É estranho afirmar que, ao mesmo tempo consegui "trancar-me", consegui me abrir... Não é possível! Devo ter deixado alguma brecha,uma fresta... Uma janela aberta! Devo admitir que foi bom ter falhado em me tornar uma pedra! Por uma falha consegui me "dosar" com exatidão... E a formula deu certo! Farmácia pura! Alquimia, física complicada, mas trouxe-me um sorriso... Tirou o filme preto e branco, adicionou um pouco de cor! Pouca, mas realmente válida! Aos poucos vou retornando ao mundo real, cheio de cor e vida... Por enquanto, satisfaço-me com o VERMELHO. Que por sinal... Adiciona tanta coisa em mim! Cor mágica... Que me adicionou um sorriso, um novo coração e me abriu os olhos de que nada é por acaso! Nem mesmo meus testes malucos...
Ao menos me serviram para saber se posso dar o próximo passo. E pude! Dei o passo para conhecer a maravilhosa cor vermelha!

Vermelho... Uma cor intensa não? Tão intensa quanto o que sinto no momento...
Sinto-me feliz... Sem mais.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

“Qual é o sentido de ter livre-arbítrio, se me culpam por querer fazer isto? Dou certeza a todos que é por minha vontade... E isto me livra da culpa!”.
Terminou de ler a carta, levou a arma à própria cabeça e apertou o gatilho.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Relatos da madrugada. Noite (dia) cinco: 16 de outubro de 2009 – 06:42 AM

Pagou dez reais pela vida... Vida branca, em forma de pó! Vida branca embalada em plástico. Escutou a musica, bebeu a cerveja... Entendeu a noite como companheira.
Pagou a puta com cartão de crédito... Fechou a porta e dormiu.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Relatos da madrugada. Noite quatro: 14 de outubro de 2009 – 02:42 AM

De olhos vendados, ouvidos tapados e a boca selada... AH! Claro... este não sou eu!

Eu estou sempre aqui, é que ninguém quer enxergar... Na verdade enxergam. Enxergam erros, imagem e um pouco de vaidade. Estou um tanto carente... Mas não me amolem! Apenas sinto falta do meu eu... Que foi caminhar em lugares que eu não aconselho ele caminhar. Esse meu eu está fazendo falta, pois no momento ele está bem longe! Melhor ir busca-lo, pois estou ficando com medo de alguém aparecer... Melhor compania que eu mesmo não existe! Está dificil de encontrar alguém que no minimo por dez minutos não fale de terceiros. Prepotente? EU? Imagina! Mas é que sou inteligente o suficiente para cuidar de minha vida e deixar que os outros vivam as suas. Pense como seria bom... Cada qual no seu lugar! Maravilha! Tentem me provar que estou errado! Façam com que eu acredite nos “fatos”. Mostrem o lado bom de NÃO ser o que eu sou... Talvez assim eu possa ser o que meus pais tanto sonharam. Um hipocrita cheio de “ética” e “SAFADO”! Que se esconde atrás de um emprego, uma gravata ou uma mesa lotada de documentos.

Tudo isto está tomando um tom de “raiva”, mas posso dizer... Não posso provar! Que não estou com ódio em minhas palavras... É só uma forma de expressar pensamentos momentanios.

Hoje tive um medo do amanhã... Engraçado isto. Eu que tenho bastante convicção em meus atos... Sentir medo do amanhã! Esta é a parte que não gosto de pensar, estava evitando isto! Até que durou bastante. Mas infelizmente ando tendo muito contato com outros seres humanos. Que... Infelizmente, conseguem ter a proeza de... Por certas vezes me fazer pensar como seria bom ser futil... A ponto de não me preocupar com a minha vida e viver a dos outros! A vida do outro é TÃO MAIS FACIL! (não que eu realmente ache isso... preciso enfatizar que estou sendo irônico!). E esta maldita frase assustadora, questão avassaladora... “E se???” Rondou minha cabeça por alguns momentos hoje. Sorte que por pouco tempo! Já estava até assustado.

Realmente é bem melhor ocupar a mente e o corpo ao mesmo tempo! Somente a mente ocupada, é pensar demais! Somente o corpo ocupado, é agir demais! E essas “merdas" separadas acabam sempre em “MERDA"!

Céus! Melhor parar de lembrar o passado, para de tentar entender o futuro, ter cautela no presente e no momento... Parar de pensar!

sábado, 10 de outubro de 2009

Lembrando...

Oferecido aos "loucos" que sempre me acompanham.



Leandro (lee), Fabio (Fabinho).



Que nossa "insanidade" nunca seja considerada sã!

Relatos da madrugada. Noite três: 10 de outubro de 2009 – 05:54 AM

Hoje viajei em um sub mundo vazio. Não havia algo util para se fazer... Na verdade havia, mas simplesmente não queria enxergar. Prefiri perder um pouco tempo (ou quase todo) vagando em meu passado. Claro que não fiz isto o dia todo, mas grande parte dele foi gasto desta forma... Antes de colocar em palavras o tempo averiguado, conto alguns fatos relevantes. Relatos... Resquicios deste dia que, para mim, não existiu. Pela "distancia" entre as datas, noto que passei um longo tempo sem escrever uma misera palavra... Talvez eu tenha tomado uma dose de "vontade da vida" e tenha realmente aproveitado esses dias (isto ao meu ver), ou talvez, julgando precipitadamente o pensamento alheio, tenha os disperdiçado com "vida demais". Fato é que; tenho encurtado minha vida em varios anos... Mas... Quem disse que eu acho isso ruim?

Durante estes dias muita coisa aconteceu. Amores, tropeços, conquistas e atitudes que não julgo certas, nem erradas... Simplesmente penso que foram nescessarias. Fico surpreso com a quantidade de coisas que vivo em pouco tempo! É como se minha vida estivesse em um carro desgovernado a uns tantos kilometros exagerados (não quero pensar em numeros, isto me deixaria assustado). E também é incrivel a forma que consigo deixar algo para trás! Digo isto, pois a ultima vez que escrevi, estava loucamente apaixonado e cegamente confuso... E hoje, nem sombra desta confusão em relação ao coração. Confesso que temo esta minha forma de deixar as coisas por fazer e não ter um pingo de arrependimento, ou fazer coisas demais e continuar a NÃO ME ARREPENDER! A cada dia que passa, vejo o quanto a vida é curta, as experiencias tornam-se meras lembranças e que por fim... SEMPRE É MAIS DIFICIL SE ARREPENDER DO QUE NÃO SE FEZ! E então, sob este pensamento, forma-se a opinião (que é... E ao mesmo tempo não é minha) ... Se de fato dói não fazer... Como não se arrepender? Pois o simples fato de fazer uma coisa, é deixar de fazer outra. E este tempo perdido, jamais voltará! Então porque se arrepender? Porque martizar-se por perder o tempo? Ele realmente foi perdido? Se estava a escrever algo, logicamente que sua roupa suja não poderia estar sendo lavada por você naquele instante. Exemplo bem simples, mas bem explicativo (ao menos para mim). O tempo é ocupado todo tempo! Não importa como. Seja com um pensamento, um momento, uma hora passada olhando a paisagem da janela ou até mesmo aquele tempo pensando no que poderia ser feito em algum tempo.

"Não é possivel! Isto que chamamos de TEMPO, é a pior invenção do homem!".

Só serve para nos trazer pressa, desespero e a pior sensação... O arrependimento!

Alguém, por "Deus"... Diga-me por que se arrepender? Não volta, já foi feito e se estava a fazer algo, não importa o que... É OBVIO QUE NÃO PODERIA ESTAR FAZENDO OUTRA COISA! Então, mais uma vez pergunto... Qual é sentido de se arrepender? Eu não ligo se isto faz ou não sentido. Não foi por acaso que nos ultimos dias tenho feito tudo que tenho vontade. Esta vida é unica! E se eu não me satisfazer, não terei outra chance. Vivo quantos amores puder, fumo quantos cigarros conseguir, dou quantos passos forem nescessarios para chegar a algum lugar... E vivo! Assim... Um dia após o outro, sem me restringir... Se tenho vontade faço! Se não tenho vontade não faço! Se existe duvida, procuro o que me trás certeza... E não precisa ser algo relacionado a duvida. Se o tempo é ocupado sempre, que mal tem em tomar outro caminho, viver outra experiencia, ser eu mesmo enquanto é TEMPO! Só tenho este mesmo...

Lembrando... Esqueçam o que ia lhes dizer sobre meus dias passados. Eles já passaram mesmo!

Deixo uma historia que tem um pouco sobre os dias passados... Fiquem a vontade para tirarem suas prórpias conclusões sobre.

Começo esta historia voltando alguns anos... Bem no inicio de minha adolescencia. Como todo jovem, vivia aventuras, perdições e romances. Me via como um adulto, sorria ao primeiro pelo de barba nascido no rosto. Sinal de crescimento, sinal de me tornar um adulto? Negativo! Sinal de crescimento corporal, hormonal... E com os hormonios, chega a vontade de estar com alguém... Assim eu fui, como todos os jovens... Procurei em varios lugares, mesmo que sub conciente. Em um dia desses, de madrugadas perdidas, encontrei a musa que seria meu “amor”. Beldade esplendida, me enchia os olhos. Passei tempos adimirando, tentando deixar de lado o medo de me aproximar. Costumava sempre estar perto, mas nunca consegui me vencer. Em algum momento eu deveria dizer algo... Enfim... Depois de muito rodiar e por certas vezes negar a si mesmo o desejo, consegui me aproximar... O que aconteceu, foi inexplicavel. Foi como se estivesse anestesiado e ao mesmo tempo cheio de vida. Mesmo cansado de passar a madrugada inteira acordado, mas mesmo assim... Totalmente pronto para qualquer coisa. Ela me dava coragem, me tirava o medo, a fome o sono e quaisquer outras coisas que poderia me atormentar... Ali, pela primeira vez... Eu descobri o que era amor. Se entregar, negar a si mesmo, dar tudo que for preciso para ter um sorriso... Arrumar assunto mesmo sendo a pessoa mais timida do mundo! Isto durou por uns bons anos. Para ser exato, três! Os problemas começaram no inicio do terceiro ano... Quando meus pais começaram a dizer que ela me fazia mal. Pois eu não dormia por ela, não comia por ela e gastava todas as minhas economias. Fora da casa de meus pais, não vivia sem ela... Por fim, passei a ter pesadelos, ser arrogante e os amigos se afastaram. Já havia perdido bem uns dez kilos... E tudo era cinza.

Sem ter saída, pedia ajuda e não obtinha. Vaguei sem rumo, tentei me afastar e nada acontecia. Por sorte encontrei uma luz... Minha mãe, que já me deixara de lado, voltou a me ajudar. Fez com que eu caisse na real, que aquele amor não valeria a pena, que ele acabaria comigo. Sofri por algum tempo, mas logo tinha a esquecido. Passei dois anos sem ve-la. E nos ultimos dias a reencontrei! Todo aquele amor apagado retornou. Mais forte, cego e sem restrições! Agora, mais uma vez... Vivo todos os dias por ela. Sinto saudades e penso o dia todo naquela bela moça... Branca como a neve, me leva as nuvens... Faz tudo virar nada, e todos os problemas desaparecerem. E hoje sei que ainda amo. E que tenho medo deste amor... Pois nada mudou. Ela continua a ser quem me derruba, quem me faz negar os desejos da vida e viver somente por ela. Talvez um dia eu a veja como um problema, mas por enquanto ela nada mais é que uma compania a me confortar. Prefiro continuar ao lado desta que me faz bem, ao menos por enquanto, mas este pode ser o problema, talvez não seja tão bom ter a compania desta moça, mas quem pode saber?

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Relatos da madrugada. Noite dois: 25 de setembro de 2009 – 02:46 AM

Ele a olhou e sorriu... Ela o olhou e gargalhou.

Ele detestava o frio que sentia, então ateou fogo em sua casa e foi dormir...

Sem mais.

02:58 AM

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Relatos da madrugada. Noite um: 23 de setembro de 2009 – 04:46 AM

A partir daqui, começa a saga. Relatos da madrugada...

Não necessariamente serão escritos na madrugada, mas terá este nome pela certeza da maioria. Será como um diário, mas não com os pensamentos exatos... Ou não! Simplesmente será! Repassado em palavras o que sinto e penso. Sem mais explicações...

Hoje não foi um bom dia... Na verdade não foi um bom fim de semana, nem um bom começo. Espero que melhore! Ao menos obtive algumas respostas, recebi algumas boas noticias... Agora vago, sem ir a lugar algum. Simplesmente caminho pelos meus pensamentos. Tentando acalmar-me e encontrar paz. Difícil dormir assim. Cansado mentalmente, mas totalmente perdido nas perguntas. Perdendo horas e mais horas. Pensando em possibilidades, escolhas e caminhos... Atormentado pelos próprios pensamentos, causando uma tormenta em minha cabeça.

Eu escolhia a dedo os desastres, caminhava pela praia devastada pela maré nervosa, que incansavelmente, castigava a costa da praia de minha mente... Esvaindo em sangue, deixava para trás um rastro que as ondas apagavam, passo a passo. Fora desta metáfora... Nada mais que a realidade, nua e crua! A tela do meu computador, clareando a sala escura, dando um tom obscuro à vida. E eu imaginava-me vasculhando antigos escritos meus, escrevendo pensamentos em papéis rabiscados, e logo após os amassando e jogando-os dentro da lata de lixo. Assim como um jogo para distrair a mente. Mesmo que isto fosse somente imaginação, satisfazia-me com a idéia de livrar-me dos pensamentos que incomodavam... A boca amarga e seca, pela nicotina, ou pela falta dela! Mais um dia passado, mais um dia lutando contra o coração, tentando dar espaço para a razão. Assim como um louco luta contra si para obter as respostas das perguntas mais indigestas pela sociedade. “O que será que pensa ele?”. Você não se pergunta? Mesmo quando vê os loucos de desenho, a enrolar os dedos? Estranho saber sobre a complexidade da vida... Ser exata e duvidosa. Diferente, mas igual, monótona e surpreendente ao mesmo tempo. Porque não morrer amanhã, mesmo que sabendo da morte certa mais tarde... Porque amar alguém que não nos ama? Correr atrás, desgastar-se, talvez até criar uma certa aversão a pessoa e logo após passar por tudo isto, mas com outro ser... E pior ainda... Porque gostar e não falar? Não sentir, reprimir-se, negar-se a dádiva de estar ao lado de quem te faz bem? Estranho não? Mas esta... É a maravilha de existir... Eu entrego-me de corpo alma, sem pensar, pois não sei quanto tempo ainda tenho, se tempo tenho... E se teria outra chance. A vida é curta e cheia de vontade de passar-me rasteiras... Por isto vivo intensamente cada momento... Pois a eternidade... Nada mais é que um momento vivido intensamente. Quando vives um dia assim, com vontade, com gana de vida... Não o lembra por todo o resto de tua vida?

Este sou eu a pensar em ti... A entregar-me de corpo e alma. Sem medo de viver, mas aqui... Somente aqui. À frente de meu computador, pois ele não manda-me sumir, não pede-me para esquecer ou dar as costas. Enfim... Sabes que amo-te e o motivo de minha tormenta é não entender-te. Na verdade subentendo. E nego-me a enxergar e seguir, por puro medo... Enxergo além de teu corpo... Talvez tua alma. Talvez um pouco mais de cor e menos roupas (sem duplo sentido). A finco, no exato. Como o ser veio... Puro, ingênuo e amante por natureza. Por fim amasso mais um escrito em minha mente e concluo a obra... Com um simples “Eu te amo!” Escrito à areia da costa de meus pensamentos. Logo a maré apagará e terei que escrever outra coisa...

5:25 AM

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

um pedido de desculpas...

Por certas vezes agimos na raiva, e temos atitudes realmente insensatas...
De fato, palavras machucam mais que alguns destes atos. A uns dias atrás tive um momento de raiva e passei em palavras o que jamais deveria ter passado... Agora faço de minhas palavras, sentimentos... Tenho vontade de mostrar-lhe o mundo. Gostaria de ter a chance de apresentar um por do sol, ou até mesmo um nascer... Isto depois de uma madrugada a luz da lua... Queria estar ao teu lado em qualquer momento... Sejam eles bons ou ruins. Mesmo que em minha vida existam monstros que me atormentem, estaria sempre inabalável! Queria ser a rocha pra te proteger do mar, mas também queria ser o mar... Para poder te molhar, ser maleável o suficiente para te agradar ou ser forte para te negar algo, isto em momentos que precise. Trocaria meu dia pela noite, minha água pelo vinho e mesmo que estiver triste sorriria! E talvez faria você sorrir...
Deixe de lado tudo aquilo que foi dito (escrito) e por favor, me de um sorriso!

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Não sou desta época.

Ainda me vejo entregando flores, recitando poemas e dizendo que amo alguém... Mas o mundo não me vê desta forma!


“Saia já daqui!”.

Escutei isto ao abrir a porta do quarto e ver um homem velho deitado em minha cama... Mas o susto não deixou que eu tomasse qualquer atitude. Fiquei estático... O único esboço de movimento que existia era de minhas pernas tremendo. Com os olhos arregalados, observei vagarosamente cada traço de seu rosto. E foi como olhar um espelho do tempo. Era eu mesmo ali deitado. Velho, ranzinza, com barba e cabelos brancos... Apesar das rugas e a expressão de sofrido... Eu me vi perfeitamente! Após alguns segundos que mais pareciam horas, caminhei para trás e fechei a porta... Quando a mesma encostou no batente e o trinco foi fechado, abri os olhos... Acabara de acordar de um sonho estranho. Pasmo e quase em estado de choque; fui direto ao espelho verificar se estava tudo certo. Estes sonhos me atormentavam por noites seguidas. Talvez seja um reflexo do meu medo de alcançar a velhice. Não sei explicar, mas nunca me imaginei velho! Ser idoso era algo ilusório. Não suportava a idéia de tornar-me inválido... E não sei porque, eu tinha esta maldita idéia de que me tornaria invalido na velhice. Nos sonhos eu via sempre a imagem de um desses velhos chatos, que ninguém suporta. Que vive reclamando de dores e qualquer outra coisa. O engraçado é que não havia tatuagens. Talvez seja uma imagem do que eu queria ser. Sem tatuagens e velho! Sim! Velho. Não há no mundo quem me faça acreditar que chegarei a passar dos 30! Quando era mais jovem me imaginava em todas as idades. Mas o tempo foi passando e a forma de pensar foi mudando, fui vendo que o mundo e as pessoas também entraram na dança da mudança. E foram estas mesmas mudanças que me fizeram pensar que morreria cedo, ao menos eu queria isto. Eu vivia o sentimentalismo, a sinceridade. E no mundo de hoje é o que menos existe! Sei que ainda existe... Aos poucos, espalhados por alguns cantos... Bem dispersos. O que eu vejo hoje... É uma forma de viver inaceitável (ao menos para mim)... Não consigo entender, como alguém pode amar e ao mesmo tempo não amar. É tudo muito confuso, por interesse ou até mesmo sem propósito nenhum! Muita futilidade, muita hipocrisia... Pessoas vivendo de imagem, de falsidade, de sensacionalismo. A tragédia alheia vira fonte de dinheiro, a mentira vira verdade. E eu tenho que engolir todo esse falso moralismo... E a seco! Nem ao menos um trago de uísque para esquentar. Enfim... Não chegar a velhice, era um favor a mim mesmo, pois viver nessa “lavagem” que serve de comida para porcos, não era bem a minha vontade. E mais difícil ainda é ver que as pessoas questionam meu pensamento. O que há de errado em dar valor ao amor? O que há de errado em ser verdadeiro? O que há de errado em fazer o bem? Muitas coisas! Afinal o mundo é cheio de “falsos profetas”... Tudo isto é culpa desse tempo de futilidade, dessa idéia de viver sem valores... Existe muita gente que se aproveita de “qualidades”, de bondade, para se aproximar de seus objetivos... Não usam a sinceridade e fingem sentimentos... E quando alcançam o que desejam, fazem toda aquela imagem de “concreto” cair por terra, virar areia. Isto amedrontou as pessoas! Por mais que “todos” sejam fúteis, ou sem sentimentos, no fundo sempre aguardamos alguém que desperte a verdade outra vez, mas ficamos com tanto medo, ou nos entregamos tanto a esse modo ridículo de viver de mentiras, que não acreditamos quando alguém aparece querendo algo realmente sincero... E esta maldita duvida, acaba por afastar essas pessoas que realmente valem a pena, mas quando nos damos conta já é tarde... E por fim acabamos voltando ao “mundinho” de merda que vivemos... Mundo que seleciona por cor, estilo e tudo que você tem a oferecer. O que você é? Se tiver tatuagens e gostar de ficar só, pode ser meu amigo! Mas já te aviso... Não sou legal! Não sou descolado, nem curto coisas da moda... Sou cafona, apaixonado, envergonhado e apesar da aparência, sim! Sou antiquado! O que eu sou hoje... Quero ser sempre! E você? Vai querer ser o que amanhã? Por isso quero viver este momento eternamente... Por isso não me imagino velho. Pois o dia que me tornar um (se chegar a ser um)... Serei chato, ranzinza e invalido. Eu continuarei não suportando o mundo e o mundo não me suportará!

Solidão... Mais uma vez! (no ódio)

Depois de muito tempo sem postar... Volto a postar por impulso, por raiva (de mim mesmo)
Ninguém nunca lê, ninguém liga pra nada... Odeio ser sentimentalista numa época em que o sentimentalismo esta morto! Onde foi parar o romance? A bela vida de antigamente em que se dava valor aos sentimentos? Realmente fico triste em saber que se dá valor a fama de alguém e não a qualquer outra qualidade. NÃO SE ESFORCE PARA TER ALGUÉM DO LADO, APENAS TENTE SER FAMOSO! Depois de conseguir fama, ou qualquer outro status de merda, procure a garota mais bonita em meio a todas que te rodeiam e seja feliz ao lado dela! Mas não se esqueça! Continue sendo "gentil" (leia-se finja gostar de verdade mas corra atrás de outras) e famoso. Assim você terá qualquer uma que desejar... Assim é o amor hoje... Uma nota de cem reais no bolso, um carro, um bom aparelho celular (com tudo que tem direito hoje em dia, até T.V.), umas roupas descoladas, um estilo "fodão", toque numa banda, tenha um instrumento ou umas pick-ups de Dee Jay talvez... AAAAAH! Não se esqueça que é válido também (não em todo caso) um papelote de cocaína, ou uma maconha das boas, talvez possa te ajudar a conquistar sua gatinha...

Foda-se os comentários... To de saco cheio de HIPOCRISIA!
Entendam como quiser... Na internet todo mundo pode ser o que quiser mesmo!

Um texto desabafo e um texto "solitário"...

Hoje realmente entendo por que Gabriel Garcia Marquez é um grande escritor. Vive na solidão e ainda escreve muito bem sobre ela! A solidão instiga a nossa mente a criar histórias. Talvez seja uma forma de escapar do ócio, ou à vontade de que aquelas vontades tornem-se realidade... A maioria de meus escritores prediletos era solitário... Em alguns casos... Insanos (Franz Kafka), em outros... Filósofos agressivos e “descrentes” (Friederich Nietzsche), há também os criminosos pervertidos (Fiodor Dostoievski). Entre tantos outros... Romancistas questionadores (William Shakespeare, Machado de Assis), os que são mais de um (Fernando Pessoa e seus heterônimos), enfim... Todos eles são ótimos escritores, de diferentes épocas e diferentes lugares... Mas todos têm uma coisa em comum... A solidão! Talvez a solidão seja o segredo dos belos textos criados. Independentemente de que tipo de solidão seja... Involuntária ou por vontade própria. Os que se “isolaram” por vontade, deixaram de consumir o próprio tempo com sentimentos ou com qualquer outra coisa, transformaram seus anseios e sentimentos em histórias, colocaram em palavras o que seria o “romance” perfeito... Transformaram os pensamentos, que tanto almejavam tornar realidade, em “REAIS”! Real para sempre... Mas não os viveram...

Isto é o que eu imagino! Não que seja esta a realidade.

Talvez seja esta a forma que eu queria que fosse, e faço como eu mesmo cito na tese acima sobre solidão... Transformo aquilo que eu queria de verdade, na “verdade”. Verdade em forma de palavras, em forma de textos. Com a esperança que aquilo seja vivido... Nem que seja no pensamento do “outro”. No momento me sinto só. No momento ESTOU só! Nem um ombro amigo, nem um olhar de pena ou qualquer mão para apertar, nem um lenço oferecido para secar minhas lágrimas ou peito para me confortar... Somente solidão, uma mente avoada, um olhar vazio e cigarros queimados no cinzeiro...

A solidão me acompanha, amiga fiel que sempre me faz pensar... Que seja eterna a partir de agora...


Sintam-se "em casa" para criticar... Não vou ligar mesmo!

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Janela.

Sem tempo para edições e sem vontade também... Ultimamente tenho tido preferencia em postar as coisas como elas surgem em minha mente...


“Maldito sol... Saia de meu quarto agora!”.

Todas as manhãs, eu escutava esta frase, que transpassava as paredes da casa vizinha e adentrava a minha... E como todos os outros dias, eu olhava por entre as frestas de minha janela e encontrava um mundo estranho. O mundo do “outro” sempre é estranho!

O costume de mergulhar neste mundo; foi adquirido alguns dias após minha mudança para a nova casa. Por hora... Já se passavam alguns anos com esta rotina. Apesar de não me sentir mal, meus dias eram compostos por melancolia e solidão, não que isto fosse um problema para mim. Imagens e lembranças, manias, muitas manias. Que por muitas vezes; tidas por mim mesmo como loucuras... E uma de minhas manias era bisbilhotar o mundo alheio... Isto era algo que me divertia. Não que eu fosse fazer uso do que via e sabia. Era só por diversão. Não tinha o costume de sair, passava mais tempo dentro de casa e não conhecia muitas pessoas. A única que eu conhecia bem era o vizinho que se negava a gostar do sol. Nunca entendi o porque disto. Este vizinho residia o apartamento de numero trinta e dois, que por sua vez, localizava-se exatamente à frente do meu. O edifício não era alto, muito menos luxuoso. Simples e convidativo. De aparência confortável, mas ainda sim... Precisando de umas reformas. Quando me mudei para este edifício, tive que me acostumar com a loucura alheia.

Havia algum tempo que minha irmã ajudava-me a encontrar um local, que como ela mesmo dizia, mais adequado para mim.

O escolhi por sua cor, aliás... Por todas as suas cores. Gosto de coisas que pareçam ter vida. Com fachadas vermelhas, ladrilhos amarelos e detalhes em azul. Suas escadarias em formato caracol, nas mesmas cores e janelas de madeira, foram às coisas que mais gostei. Os aposentos não são grandes, mas é o suficiente para mim. Em meu quarto eu pendurava um quadro pintado à mão, por minha irmã. Um girassol em meio ao nada. Eu o deixava perto da janela, para que pegasse os primeiros raios de sol. De fato não era uma planta, mas era bom pensar na vida que um girassol leva. Eles gostam de sol, nada mais justo que deixá-lo próximo a janela. Esta mesma que eu observava o velho gritar o dia todo. Desta mesma também dava para ver o jardim. Eu gosto do jardim, é bem florido e é um lugar calmo, apesar de passar pouco tempo nele. Fazia parte de meu dia ir ao jardim. Passava exatas duas horas por lá e depois retornava ao meu quarto, a minha janela. Era engraçado olhar as crianças brincarem entre as flores do jardim. Todas com roupas brancas; sujavam-se e corriam de suas mães, que se vestiam de modo um tanto que estranho. Todas as noites eu recebia visitas. Algumas pessoas legais, outras que recebia somente por educação, estas me bombardeavam com perguntas... E odeio perguntas! Pessoas que tentavam se aproximar de mim, mas nada adiantava. A verdade é que gosto mais da solidão. De observar o velho barbudo e caquético que divertia minhas manhãs... Outro dia ele tentou se jogar de seu apartamento. Isto não foi algo que me divertiu. Fiquei mesmo preocupado. Perguntava-me o porque ele era assim. Por muitas vezes o vi passear pelos corredores do prédio, cantando e dançando, feliz e sorridente. Sorriso vazio, sobrando espaço de dentes retirados. A velhice chegara e talvez ele tenha enlouquecido. Ele pregava peças nos moradores e brincava com um cachorro de rua, que ele conseguiu com muito custo, a permissão para deixá-lo nas dependências do edifício. Outra coisa que gostava de observar além da vida alheia, era o entardecer. Não sei se era um privilégio meu, ou era o ângulo de visão para todos... Mas a visão que eu tinha de minha janela era maravilhosa! As cores que tomavam aquela vastidão azul transformavam-se em uma mescla de roxo, vermelho e laranja. Simplesmente perfeito! A noite era iluminada pelas luzes da cidade, que por sua vez ditavam as cores também. Por falar em noite... Lembro-me das regras. Após as vinte e uma horas, não se ouvia um ruído, nem mesmo um ranger de porta. Somente o barulho da rua e das redondezas. Uma paz! Coisa que me agrada muito também.

Este tempo eu ocupava escrevendo. Os pensamentos “voavam” naquele silencio que atravessava a noite, servia como inspiração para minhas estórias. Não as divulgo a ninguém. Não busco reconhecimento, é por puro prazer de guardar os pensamentos em papéis. Quem sabe um dia estas venham a serem reconhecidas e divulgadas, mas não por mim. Meu cotidiano não se resumia apenas nestas coisas... Eu também viajava, não muito, mas ainda sim não era por completo solitário. Sempre que possível minha irmã; a mesma que me presenteou com o quadro, vinha me buscar para irmos a praia ou ao cinema. Tínhamos uma boa convivência. Ela me trata muito bem! E se preocupa muito comigo. Vejo isto em seus atos. Sempre perguntado se estou bem, ou se preciso de algo, atenciosa e meiga, faz com que eu me sinta muito bem ao seu lado. Sou apaixonado pelo sorriso dela. Branca como uma folha de papel, me dá vontade até de escrever nela. Gostaria que ela morasse comigo, mas todas as vezes que a convido para minha casa, ela inventa alguma desculpa. Isto não diminui o meu amor por ela. Pois sei que cada um leva uma vida diferente. Por fim sempre retorno ao meu quarto... E por muitas vezes me pego observando o quadro... Certas vezes tenho vontade de me mudar, mas não sei o que há com aquele edifício... Parece existir algum encanto, algo que me faça ser prisioneiro dele. De fato...Nem tudo é um mar de rosas. Por muitas vezes tive a impressão de que alguém invadia meu quarto... Muitas vezes sonhei com isso. No sonho alguém abria a porta, me amarrava e me forçava a tomar um remédio. Acordava assustado e via que nada havia acontecido. Isto não influenciava na minha vontade por ares novos. Eu pensava em me mudar pelo simples fato de conhecer lugares novos, pessoas e talvez até um novo “velho barbudo”, que por sua vez teria outros tipos de loucuras. Enfim... Foi como já citei... Este edifício me encanta. Sinto-me bem em residir nele... Suas cores, forma, pessoas que também residem nele e todo o resto me atraía... Até mesmo o nome, que acho um tanto engraçado... Todas as vezes que olho aquele letreiro, tenho vontade de gargalhar. Queria ter a criatividade de quem batizou este edifício de MANICÔMIO. Nome engraçado não?

Algo que me impressionou.

Não é de minha autoria, mas posto aqui por que isto realmente me calou. Fez com que eu parasse diante da tela do computador e simplesmente pensasse em mil coisas, mas nenhuma fez algum "ruído" em minha mente...

Por: Juliano Amaral
www.otristefimdepacman.blogspot.com

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Declaro o amor...

Sem modéstia! Pois o amor não é modesto... É exagerado! É fraco, falho, egoísta e redundante. O amor aprisiona, nos torna alvo fácil e é de difícil compreensão... Mas... Para que compreender? A perfeição está na incompreensão, está no ato de negar-se e entregar-se ao outro. O amor nos mostra como realmente somos, nos leva a tona, a lona... É contragolpe certeiro diferido por nos mesmos. É uma batalha travada dentro de si.

Não se diferencia o amor... Amor é simplesmente amor. E ponto final! É um tudo e um nada. O nada é o que nos tornamos perante a quem amamos, pois elevamos o outro acima de nos, amamos a ponto de entregarmo-nos por inteiro. Incondicional, intransferível e único. Não existe um igual ao outro, mas sem o outro não há amor. Exatidão e certeza... Certeza esta que eu tenho! Tornei-me exagerado, fraco, falho, egoísta e redundante. Sobre tudo, tornei-me exato e certo... Certo de que não há modéstia em meu amor... Certo de que amo...

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Uma noite sem ter o que fazer. E alguns pensamentos avoados.

Deixo claro que são pensamentos pesoais, e idéias próprias... Não veio por meio deste texto gerar conflitos ou discussões sobre o que deve ou não ser feito.

Somos vida! E maior expressão de começo, meio e fim não há.

Ao existir somos o começo, com toda euforia pelo conhecimento, pelo descobrimento do novo... Adentramos o desconhecido, a procura de respostas e caminhos que nos levem aos meios. Fase de simplicidade, cautela e por certas vezes fracassos.Os mesmos que nos fortalecem e nos tornam dignos do acerto, mas... As perdas podem ao mesmo tempo fortalecer e enfraquecer algo. Esta... É a complexidade da existência. Saber distinguir e separar o correto do incorreto, o que é bom ou ruim para ser executado. Formas, trabalhos, escolhas e caminhos. O caminho traçado por um, não será o caminho que levará o outro a algum lugar. O saber... É algo de difícil entendimento, é o que nos distingue uns dos outros, nos tornam diferentes, mesmo havendo semelhanças. O que eu sei? O que me faz feliz, ou faz o próximo? Enfim a dúvida. Que nos faz entrar em colapso e assim enfrentarmos os meios. Enfim meios... Repletos de duvidas. Quem nunca duvidou de si? A frase de Shakespear, famosa pela maior duvida do ser, ou quem sabe do “não ser”... “Ser ou não ser, eis a questão!”. Esta... É a fase do crescimento em grupo. É onde encontramos nossos desejos em outros. É onde nos encontramos com o “espelho” da vida, duvidamos de nos mesmos e de nossa capacidade de crescimento. Crescimento este, com rebeldia. Diga-me alguém que nunca disse: “Eu sou adulto! Sei bem o que quero!” Mas o que é ser adulto? Adulto nada mais é, que uma “classificação” para uma fase. Fase esta que chega em diferentes horas para cada um, por isso digo que ser adulto é algo que lhe impõe. Envelhecemos mesmo que não nos tornemos adultos. E isto é certeza! Certeza esta que nos coloca no fim. Enfim... O fim! A certeza de que teremos idade o suficiente, para dizermos que somos mais vividos que outros. Certeza esta, que nos faz pensar no passado... E debochar de nos mesmos quando tínhamos tantas duvidas sobre os meios. E sobre o inicio? Que jamais imaginaríamos o fim. Fim certo como a morte, temida, mas aceita. Trágica ou, de fato normal... Por fim aceita. E esta... É a única certeza que temos desde o inicio. O resto é somente um ciclo. Criado para que tenhamos uma vida com um “certo” caminho... Para que tenhamos duvidas. Para que... Um dia, talvez, pensemos em seguir o caminho alheio. Esta é a realidade imposta, para que não tenhamos mais e mais vontades, a manipulação da vida por meios psíquicos e sub conscientes. Não digo que isto seja de má fé ou por propósitos, este é o problema... Apesar de sermos diferentes uns dos outros, não nos aceitamos. Digo isto de forma a se pensar que... Apesar de sermos únicos, passamos a odiar a diferença, pois ela se destaca no próximo. Fazendo assim, com que a atenção possa ser desvirtuada de nos. Mas nos sentimos bem quando esta atenção nos acolhe por sermos diferentes, ser diferente é mágico, trágico e nos carrega para o fim. Pois se aceitarmos... Cuidaremos somente de nossos caminhos. E seguiremos em paz, sem deixar nos levar pelo egoísmo ou egocentrismo de sermos diferentes. Quando há paz, não há o porque existir aqui. A existência neste mundo não é pacifica, muito menos inútil, ela serve de aprendizado... Quando esta aula acaba. E não temos mais o que aprender... Esta se torna chata, monótona e sem propósitos. Enfim o fim! De fato certo! E unico desde o inicio, apesar de duvidarmos sempre...

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Este não é um de meus preferidos e passará por uma grande edição, mas de fato gosto do enredo...
por isto posto o original e depois veremos no que se transformará...
vai assim mesmo, bruto e sem edições.

VIVABEM

Desejos.

“Uma mulher nunca demonstra seus desejos, a não ser entre quatro paredes ou quando realmente quer que algo aconteça. Uma mulher sabe o que quer e como conseguir o que deseja! E eu não era diferente disto...”.

Liberta, enfim liberta! Solteira e com o peso do divorcio nas costas... Exagero. Pois nem pesava tanto assim. Na verdade era um alivio... Lembro-me de parar estática na frente do calendário, sorrindo e pensando: Puta que pariu... Nem parece que já faz dois anos. O tempo passou tão rápido, nada como uma vida independente, fazia tudo que queria e ainda faltava tempo, não era como nos tempos de casada. Também pudera, aquele traste não me deixava em paz! Depois do primeiro ano de casamento ele virou um capeta... Os dias pareciam enormes. E o filho da puta ainda roncava demais!

Isto era o que eu falava sozinha, caminhando pela cozinha de chão xadrez, com uma parede verde limão e com os moveis da mesma cor... “Ah como eu gosto de deixar a casa do meu jeito! Hoje poso dizer: Minha casa, meus moveis e minha decoração! Hoje vejo o quanto fui boba em querer casar cedo”.

Casei-me aos vinte anos com um príncipe. Meu conto de fadas não durou mais que um ano, depois disso meu príncipe virou um sapo! E passei longos quatro anos, tentando transformá-lo de volta no meu homem dos sonhos... Em vão! Então cansei e me divorciei... Perdi o encanto pela vida de dona de casa. Perdi o encanto pelos romances. Não me envolvia com mais nenhum homem... Eles são muito mentirosos. Eu tinha medo de me envolver e passar por todo pesadelo de novo. Não, não e não! O problema era que... Por mais que eu pensasse desse modo, feminista, eu ainda tinha “recaídas”, mas me esforçava para não me envolver com ninguém e blá, blá, blá... Eu tinha desejos como todo ser humano. E não os satisfazia há tempos. Não que eu fosse uma pervertida, mas dois anos são dois anos, não? Eu já estava beirando um colapso, entrando em conflito. Para que me arrumava e freqüentava academia? Um conflito de idéias e uma crise existencial me atormentavam, assim eu pensava... “Deus... A quem eu quero enganar?”.

Tudo bem... Eu já estava sentindo falta de alguém. Para ser mais exata... Alguém em cima de mim na cama. De fato eu ainda era viva! E não poderia negar os meus desejos...

Eu queria um homem sensível... Que gostasse de boa musica e soubesse se portar como um verdadeiro cavalheiro. Se este tipo de homem existe? Bom... Eu não sabia até o momento. Mas estava pensando que poderia ser uma boa hora para conhecer. Eu já acompanhava os passos de um homem sensacional a dias! Ele freqüentava a mesma academia que eu insistia em ir. Muitas vezes somente para colocar a fofoca em dia, essas coisas que só mulher entende... Ele, o típico homem másculo, com pelos no peito e músculos saltando a pele... Mas nada exagerado. Alto e com belas pernas! Arrancava olhares de varias mulheres da academia... E eu era uma delas.

Nos cumprimentávamos apenas por singelos sorrisos ou gestos; algumas vezes, um “oi” direto, sem muita intimidade... Só para quebrar o gelo sabe? Mas eu não queria só isso. Queria muito mais! Queria saber sobre sua vida, como ele era fora daquele mundo de roupas informais, esportivas... Queria saber o que se passava em sua mente. E se valeria à pena conhecê-lo.

A mulher que havia dentro de mim, trancafiada... Debatia-se para sair e tomar aquele homem para si.

Fato! Mulher alguma deve tomar atitude perante a um homem. É uma lei! Mulheres esperam os homens chegarem com suas falas bonitas e afetuosas, se fazem de acanhadas e somente depois, entre quatro paredes se soltam... Mas em tempos modernos... A “luta” é de igual para igual! Conheço homens que sonham em casar. E mulheres que fogem deste “laço”. Ouso até dizer que algumas são caçadoras!

Digo por mim, pois preparei a minha caçada! Procurei saber sobre a vida dele... E o pior eu encontrei.

Casado, bem sucedido e sem nenhuma intenção de conhecer outra mulher. Quando digo que os homens estão diferentes, ninguém acredita! Fiquei presa a esta situação chata. Eu o perseguia. Nas noites, ele perturbou meu sono. Nos dias... Os meus olhos. Por raiva; decidi continuar, seguir e descobrir se conseguiria tê-lo. Pelo simples fato de vencer. Aos poucos fui mudando minha rotina, descobri o caminho do trabalho dele. E na academia, procurava sempre ficar por perto. Quando menos percebi... Já estávamos nos falando. Pouco, mas o suficiente para descobrir seus pontos fracos. Trabalhava muito e sua mulher também. Viam-se pouco. E a carência com certeza ia apertando o peito. Com isso, fui moldando minhas roupas, apenas para provocá-lo, mas nada de arrancar um olhar com ar maldoso, com desejo... A situação foi me irritando, pois odeio perder! Todo aquele pensamento de liberdade se foi. Agora atuava a minha parte má.

“Atacarei com todas as minhas armas! Sou nova e como dizem alguns “cachaceiros” de plantão em botecos de esquina... Sou gostosa! Impossível não despertar nada nele. Percebi que ele era curioso. E com a certeza de que se me fizesse de difícil ele viria atrás...

Fiquei alguns dias afastada, e foi perfeito.. Não demorou muito para perguntas do tipo... “O que aconteceu?” “Te fiz algo?”. Agradarem meus ouvidos.

Minha resposta fulminante foi instantânea: “Não... Mas poderia fazer!”.

Nunca tinha visto um homem tão assustado e nem havia tomado tal atitude em minha vida. Admito que, por alguns instantes pensei no que estava fazendo, e vi o quanto estava sendo “baixa” minha ação, mas não hesitei em continuar, queria ver até onde eu poderia ser mais forte que ele, tinha se tornado algo por honra. Como pode? Homens não resistem tanto assim!

Para ser mais direta tinha que falar mais coisas que o deixasse abaixo de mim...

“Você não me olha, não me deseja e eu estou aqui... Esperando uma atitude sua!”.

Claro que foi algo em total desespero, mas aquilo tinha que ser feito. Todos temos atos de ímpeto na vida, este foi o meu. Desejei e fui atrás do que queria, por mais fútil que pareça, ninguém gosta de desprezo. Por sorte não fui totalmente desprezada. E digo que senti um tanto de pena quando o ouvi dizer...

“Não sei onde quer chegar com isto, mas não posso deixar que continue... Sou casado, bem resolvido e me sinto bem assim. Se possível podemos ser amigos, freqüentamos a mesma academia e minha mulher já sabe de sua existência... Todos aqui me conhecem e eu não gostaria que minha esposa ficasse sabendo de tal atitude sua”.

Um discurso e tanto! Explicando que sua intenção era me apresentar a sua mulher... Achava que seria uma boa idéia. Disse que ela se sentia só. E que nos daríamos bem.

Apesar de achar tudo muito estranho... Procurei resolver o “mal entendido” e me desculpar pela atitude um tanto quanto infantil. Claro que, com segundas intenções...

Resolvemos que, o primeiro dia em que estivéssemos livres, sairíamos juntos para que eu pudesse conhecer sua esposa e alguns amigos dele.

Pobre homem, ingênuo, mal sabia o que eu tramava...

A dificuldade foi o que mais me despertou desejos. O “difícil” sempre tem um gosto a mais. E eu queria provar deste sabor.

Não demora a chegar um feriado, estaríamos livres e eu colocaria meu plano em prática...

Antes de nos conhecermos pessoalmente, ele fez com que nos falássemos ao telefone.

Surreal? Impossível? Não! Amedronte um homem para ver do que ele é capaz. Com toda certeza ele pensava que o deixaria em paz se conhecesse sua esposa... O feriado seria o de 12 de outubro. Dia das crianças. E minha crença era que eu teria meu presente, meu brinquedo.

O dia chegara e minha ansiedade para ver sua esposa aumentava. Meu ego queria alimento, eu queria ver e comprovar que sou melhor! Nem por foto eu havia a conhecido... Queria saber o que ela tinha, que fazia os olhos daquele homem brilhar.

Ao lado do telefone, eu esperava sentada em meu sofá preto de couro sintético, às seis horas da tarde, apenas sob iluminação de abajures, acomodados em minha mesa de centro, que a frente seguia a estante baixa e nas mesmas cores. Tapete, e pisos em cores contrárias, contrastando com a minha televisão de cor branca e brilhosa, ligada em um canal de noticias, de fato sem sentido, sem volume algum. O telefone toca e me assusta. Estava em qualquer lugar, menos naquela sala, talvez em algum quarto de motel, ou porque não em meu quarto?

Eles queriam me buscar. Eles insistiram na idéia, pois queriam que eu conhecesse um amigo que talvez faria companhia. E que a minha presença o animaria. Neguei o quanto pude. Disse que seria melhor nos encontrarmos diretamente no local. Pois ainda não estava pronta. Mentira claro!

Iríamos a uma churrascaria perto de minha casa, seria fácil chegar sozinha, tínhamos mesa reservada para quatro, mas eu queria apenas três, que logo eu faria se tornarem duas pessoas apenas. Quando cheguei... Eles já haviam se acomodado, os avistei de longe. Logo vi que não havia “amigo” algum, com isso meu caminho estava livre! Caminhei sorrindo, até me aproximar e entender os “porquês” daquele homem não desejar mais nenhuma mulher... Ao me aproximar puder entender perfeitamente. Belíssima! Elegante, de olhos lindos e muito bem vestida. Naquele instante, a inveja me dominava... Posso dizer que me senti atraída por ela. Também pudera... Linda e bem acompanhada. O que mais poderia querer? Sentei-me... E com um cinismo sem pudor, cumprimentei os dois com respeito para não levantar suspeitas e perguntei...

“Onde está seu amigo?”.

“Ele não pode vir?”.

A resposta veio da esposa... “Ele não pode vir... Mesmo porque não havia dado certeza, mas seria ótimo estarmos juntos... Outro dia o apresentarei. Acho que irá gostar dele...”.

A conversa desenrolou sobre o “maldito” amigo. Ela dizia que ele era um belo partido e que formaríamos um belo par, todas essas coisas formais, as quais nem faziam diferença para mim. Não posso mentir que estava me divertindo. E de fato estava me sentindo a vontade com a presença dela. A pior coisa foi perceber que meu foco mudara... Talvez minha crise de carência tenha algo a ver... Seus brincos eram lindos, sua roupa combinando com tudo, maquiagem perfeita! Confesso que me assustei com isso, mas que mal teria?

Poderíamos muito bem nos tornar amigas! Assim eu desistiria da idéia maluca de roubar-lhe o homem. Seguíamos felizes e descontraídas. Sorrisos, brindes e às vezes risos empolgados, enquanto isto, o único homem a mesa, embriagava-se com seus drinques. O tempo passou rápido e logo teríamos que ir embora. Ofereceram-me uma carona para casa e antes que pudesse recusar... O embriagado homem, já estava literalmente “jogado” no banco traseiro do carro e minha mais nova amiga me pegara pelo braço dizendo... “Vamos! Agora a noite é nossa...” Não nego que também estava um tanto tonta. E talvez isto me ajudou a seguir em frente. O cansaço, misturado ao álcool, não me deixaram perceber que estávamos a caminho da casa errada. E logo estaria sentada na sala deles com um copo de cerveja em uma das mãos e um cigarro torto na outra... Até ai minha historia e idéias haviam mudado. Eu não me conhecia mais e já estava a sós com a minha inimiga, ou atual amiga. Bêbadas e fora de si, tivemos uma conversa breve sobre experiências passadas... Ela me confessava que tinha curiosidade em saber como seria “ficar” com outra mulher, e que esta seria a experiência mais louca de sua vida. Queria saber o porque os homens tinham tanto desejo por bundas e peitos. Com uma grande pausa e um riso “torto” ela se levantou e veio em minha direção. Sem esboçar reação alguma deixei que a curiosidade me tomasse também... Ainda me lembro como se fosse ontem. Nos duas saindo daquele elevador, caminhando até o carro e largando aquele pobre coitado no chão frio. Nem minha casa nem casa dela... Fugimos para outro estado e compramos nossa casa... É estranho lembrar disto. E às vezes ainda me pergunto, se ele ainda ronca deitado ao relento. Pobre coitado!

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Amor... Mas não pela arte!

Ela me conhece muito bem...

Noites em claro... Passei por ela. Chorei por ela.

O mesmo ela fez por mim.

Com toda sua beleza, arrancava suspiros e fazia meus olhos brilharem.

Ensinou-me a ser homem, a ver a vida com outros olhos e ter força pra enfrentar os maiores problemas. Emprestou-me dinheiro... E por muitas vezes seu ombro para me confortar.

Mostrou que... O sofrimento às vezes não é ruim.

E que ele serve para nos tornar fortes!

Já discutimos, muitas vezes... Sem motivo.

Chorou ao me ver pendurado na janela do ultimo andar... E se agarrou aos meus pés, implorando para que eu voltasse a si.

Deu-me a vida! Deu-me orgulho, se orgulhou...

É o meu tesouro! Guardado a sete chaves em meu peito...

E arrependo-me de palavras e pensamentos

Mas nada abala meu amor...

O tempo jamais vai apagar isto...

Oferecido a: Ana Paula de Souza Barreto, minha MÃE... Que sempre acreditou, que eu seria algo que a fizesse sorrir, que nunca me deixou cair, sem ao menos que ela estivesse ao lado para me estender à mão... Sem mais!

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Sobre arte... E eu mesmo.

“Eu sinto que sei que sou um tanto bem maior!”. (O Teatro Magico - Pena)
E apesar de tudo... Sabemos que somos bons
De coração, na alma... Porque a alma da arte é pura, sem pudor e sem restrições!
Na arte... É onde exprimimos nossos sentimentos sem pestanejar, sem ter vergonha.
É onde sorrimos com pureza e sinceridade. Sem o medo de sermos reprimidos.
Sem o medo do preconceito. Por isso digo... Que não sei se... Amo a arte, ou ela me ama!
Deixei a mente fluir!
E surtir efeito sobre todo mal do mundo!
Que me perturba e me pressiona a parede
Mas mesmo assim, não há nada como um amor puro e belo, seja ele por alguém ou pra alguém.
Leva-me a vales jamais vistos e inimagináveis
Campos de sorrisos, e arvores que florescem desejos...

terça-feira, 28 de julho de 2009

Já percebi que... Com romance eu não te surpreendo. Com flores jamais arrancarei um sorriso teu, e poemas não te deixarão emocionada.

domingo, 26 de julho de 2009

Desta vez... Sem titulo!

Antes de mais nada; venho esclarecer algumas coisas...

Todos os textos, contos ou como preferir... São de minha autoria. Os contos seguem uma linha que não é muito o meu forte. E este eu rosolvi escrever mais com a minha "cara". Devo agradecimentos a muitas pessoas. Que se eu for divulgar todos os nomes, irão preencher todo meu arquivo no blog... Mas segue abaixo alguns dos mais importantes:

Em primeiro lugar vem a ANNE, que tem me incentivado demais pra que eu não pare de escrever, Neto (grande Neto) que nos abandonou aqui no Brasil pra prosperar lá em Cuba! Juliano que é meu irmão... E a por enquanto é só.

Todos os contos são baseados em fatos reais, e este ultimo é um dos que escrevi com mais sentimento... Ele não segue a linha dos demais, pois queria escrever algo com a minha forma de pensar, mostrar que eu não sou um pervertido (RSRSRS) e que talvez ainda exista algo dentro da minha cabeça (RSRSRS) espero que todos gostem...

Sem mais.

Carlos William Barreto


A vida (minha) como ela é.

Amor, um belo amor... Quem nunca teve um? Sendo ele correspondido ou não... Eu já tive um amor, alguns para ser exato. Pois na minha visão do que é “amor”... Penso que não temos apenas um. Aqui relato o que me deu mais trabalho! E por conta disto me rendeu uma grande historia... Aliás, trabalho era o que menos me faltava. Apesar da pouca idade, já tinha meu próprio negocio, que me mantinha ocupado por grande parte do dia... Uma loja de roupas no centro da cidade, não era grande, mas não era simples. Tinha sua decoração extravagante. Que foi um presente dado por uma amiga do ramo, e por isso chamava atenção em meio as maiores. Era um ótimo lugar pra se conhecer pessoas, e foi lá que tudo começou... A loja servia como ponto de vendas e divulgação das festas da cidade, desde as “baladas” mais conhecidas, até as menores. Era um bom negocio! Eu divulgava o que fosse preciso, colocava convites à venda e assim também divulgava minha pequena loja...

Eu já conhecia todos os divulgadores, organizadores e “donos” destas tais festas. Era uma correria nos dias que antecediam as mesmas... Dinheiro, “flyer’s” espalhados por todos os cantos... E pessoas, muitas pessoas! Uma delas foi o motivo de muitas noites em claro. Tudo nela me encantava, desde o nome ao modo como ela caminhava. Tinha toda simpatia do mundo. Ela me tirava o sono, e isto ela sabia fazer muito bem. Sua beleza me trazia brilho nos olhos, as roupas me faziam babar, seu jeito de andar enfeitiçava e seu corpo despertava meu desejo... Lembro bem da primeira vez que a vi. A luz avermelhada e baixa do interior um tanto que apertado, ressaltou suas curvas, o abajur no canto do balcão fez o mesmo, mas com seu rosto... Os olhos refletiam o meu... Pálido e sem reação. Seu sorriso me prendia ali naquela situação horrível... Desejar o que não se pode ter! Todos os dias em que a via, eu chegava em casa e escrevia algo. Algo que me fizesse descarregar tudo aquilo, me libertar daquela tortura. Dos sonhos ela já fazia parte, sonhos das poucas horas dormidas, sob a luz da rua que teimava invadir meu quarto pelas frestas da janela. Mesmo sabendo que tê-la em meus braços era algo quase impossível... Segui com a minha empreitada de libertação em forma de escrita. Folhas e mais folhas acumuladas, junto aos guardanapos, recolhidos do restaurante na hora do almoço, que também serviam como pousada para minhas palavras de amor. Noites juntavam-se aos montes de pensamentos embaralhados e confusos. Houve uma noite de maior tortura. À noite em que decidi escrever algo válido, que talvez entregaria para ela. Tortura demais! O tempo passou e nada em minha mente parecia fazer sentido. Eu estava tão preso naquela idéia, e nem me dei conta que já se passavam horas que eu estava com os olhos pregados na tela do computador, visando somente uma foto e esperando a inspiração, que por sinal estava muito longe... Longe o bastante para me fazer deslizar os dedos pelo teclado e não escrever nada. Assim eu adentrava mais uma noite pensando no que ia dizer, no que ia fazer. Tomando a devida coragem para esboçar uma reação diante dela... Mas já estava demorando demais!

O dia batia a minha porta. E o papel ainda estava em branco! Não conseguia fazer nada além de pensar na bela moça... Eu repetia em minha mente a cena que me tirava o sono. Ela, com toda sua beleza, caminhando em minha direção... Martirizei-me com este filme que insistia em repetir. Eu a desejava, eu sonhava com beijos e abraços, troca de olhares... Tudo muito utópico. Ela vivia rodeada por homens de todos os tipos... O trabalho lhe proporcionava isto. E sabendo disto, eu pensava: Que chances eu poderia ter? Porque insisto neste desejo?

O preço do desejo é alto! Custa algumas noites em claro, alguns compromissos desmarcados e posso até dizer que me custa alguns trocados. Mas nada que me faça desistir... Eu travava uma batalha com o papel em branco e com a minha cabeça, nenhuma idéia de amor, nenhum singelo poema infantil.

As palavras embaralhavam-se em minha cabeça, formavam desenhos... E todos eles tinham seu rosto!

“Mais que droga! Soma-se mais uma noite e não a tiro da cabeça!”.

O pensamento não voava alto, ficava ali, estático entre as paredes de meu quarto...

As madrugadas eram regadas com muitas doses de café e conhaque, sem contar os cigarros. O vicio que precede o sofrimento, aflorava dentro de mim... E eu observava meu declínio. Não existia porta, nem caminho. Tudo era ela! A poesia depressiva não servia de conforto, consolo ou desabafo. Mas sim! Abafo o surto e me contento com lembranças...

Pequenas de fato. Que só serviam como uma corda de fio fraco, que eu me segurava com toda força, sem saber quando seria minha queda...

Afinal... Seria bom ou ruim?

O que eu poderia fazer?

Até então eu a tratava como todos que freqüentavam minha loja. Nenhuma demonstração de carinho, nada de interesse, somente trabalho. Talvez eu devesse tentar filosofia, ou qualquer outro assunto intelectual, talvez pessoal... Tanto faz! Uma conversa pessoal seria uma batalha ganha. Mas a guerra estava longe de terminar...

Insano... Eu já tratava do assunto como uma guerra! Traçava caminhos, criava táticas e estudava formas de me aproximar...

Céus! Onde fui chegar?

Comecei a me sentir mal com a situação. Sentir medo de si. E tentei me afastar... Em vão! Ela freqüentava os mesmo lugares, ou meu subconsciente me levava até ela. E tudo foi piorando com o tempo... As cartas já formavam um livro, e a imaginação ia além da roupa. Os sonhos eram todos distorcidos, pois o único sentido era estar perto dela... Não me importava se era em um lugar estranho, no fundo do mar ou nas minhas palavras.

A ultima coisa que escrevi, já não era algo que possa considerar-se normal.

Passei dias amargos, perdidos...

Dias sem razão alguma!

Como viveria?

Eu... Um homem solitário!

Sem tua divina presença em minha vida.

Mulher seja minha...

Melhor!

Sejamos um só.

Dois felizes corpos unidos, dançando, simplesmente vivendo.

Talvez seja destino...

Quem dera fosse esse o meu!

Viver ao lado da mais bela mulher, que meus olhos puderam ver.

Desejei teus lábios, suspirei ao teu abraço...

Criei asas!

Aprendi, cresci...

...Amei!

Como jamais amaria outro alguém...

E assim, eu terminaria mais um texto romântico que jamais entregara a ela.

Perdeu-se o tempo, perdeu-se o senso.

As loucuras de amor, que pareciam inofensivas, tornaram-se delírios!

Sonhos, quimeras, fantasias, ficções... Devaneios de uma alma doentia. Eu tinha que dar um fim nisto! Acabar com o meu sofrimento... Não era um jogo, mas era tudo ou nada! Não poderia suportar nem mais um minuto neste estado. Eu já não esperava nenhum resultado, somente queria me livrar da dor... Estava decidido a saber qual seria o fim disto. Um manicômio ou a glória? Não poderia saber se não fosse atrás da resposta. Mesmo sabendo o peso que carregaria depois, fiz de tudo para ficar mais próximo dela. Tornei-me um dos divulgadores da mesma festa que ela promovia. Desmarcava compromissos com a minha loja, somente para ir as reuniões da organização, conversava, falava e me mostrava interessado pelo seu trabalho... Em relação a ela, obtive bons resultados. Até uns olhares trocados para me fazer sorrir... Pra minha sorte, a distancia encurtou-se. Em pouco tempo já estávamos conversando como se fossemos grandes amigos. E com mais sorte ainda... Em uma das reuniões, tive o meu melhor presente! Um beijo! Meio sem graça, mas muito bom... Também pudera. Como sempre, ela envolta por homens, que pareciam nunca ter visto uma mulher na vida, não tinha como ser algo mais intenso. Mas mesmo assim, voltei para casa um tanto satisfeito, como uma criança, que acaba de ganhar um novo brinquedo. No mesmo dia marcamos a data para a próxima reunião... Seria na mesma semana, mas eu já estava mais tranqüilo. Havia ganhado a guerra! A ansiedade agora era algo bom. Não nego que ainda tive sonhos um tanto que pervertidos, mas nada exagerado. Eram todos por conta do desejo... Desejo este que não se satisfez no reencontro! Afastados pelo excesso de gente no local. Tive que me contentar com um beijo de despedida, e somente isto! Até então seguimos desta forma. Acho que temos muita historia ainda... Ao menos é o que eu espero! Agora que temos uma certa “intimidade”... Perguntarei a ela, mas com ar de brincadeira, se todos os nossos beijos serão a prazo, mas que por mim tanto faz... E espero que esta divida seja bem grande e que os juros sejam maiores ainda...

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Santo caralho!

“Ai meu santo caralho!”

Esta foi a frase indagada por mim ao acordar, ainda suado e atormentado pelo sonho um tanto que estranho. Ao olhar para baixo e ver meu pênis ainda ereto, mas não por vontade urinar, sim pelo tesão que ainda sentia pela maldita imagem de uma loura que atormentava meus sonhos... Senti-me um idiota. Sim! Vou explicar melhor... A tempos vinha sonhando com uma moça linda de cabelos louros, um rosto de beleza sem igual e um corpo descomunal. Todos os dias eu sonhava algum tipo de aventura erótica, algumas se repetiam por dias seguidos...

Isto já me enchia os culhões!

Outro dia estava sentado em um bar, não me lembro qual era nome nem em que lugar se localizava, lembro-me que parecia a rua augusta. E como todo boêmio, eu fazia jus ao título!

Estava sentado, apreciando um bom uísque e as mulheres na passarela da vida real, perambulando com seus saltos e maquiagens espalhafatosas, que são mais que convidativas...

Eu só as observava; como se fossem um colírio. Em meio à multidão meus olhos se perdiam entre carros e mulheres, eu me perdia em uma vastidão de pensamentos depravados, eu não era um cara de muitas mulheres, havia tido uma, para nunca mais! Depois de uma decepção amorosa de cinco anos, não queria me envolver com mais nenhuma, ao menos por enquanto.

Calmo, como uma ave de rapina, eu observava cada passo daquelas presas fáceis, mas uma leoa toma a minha visão, com um caminhar suave, de uma mulher de classe e bem acostumada com “caçadas”... Aproximou-se calmamente e sentou-se na cadeira a minha frente, com a frieza de uma “expert” disse...

“não vai me oferecer uma bebida?”

Pasmo e sem reação, engoli a seco, sem acreditar na imagem que via em minha frente. Ela prosseguiu com seus ataques em forma de palavras...

“Se não for tua vontade, irei à mesa ao lado... O rapaz ali me parece muito solitário também...”

Em uma reação espontânea, chamei o garçom com um dos braços levantados, mas sem tirar os olhos daquela musa...

Um sorriso um tanto que sarcástico, mostrou-me que havia gostado da reação. Ali percebi que de caçador, passei a ser a caça. Alguns copos depois ela já sabia sobre minha medíocre vida, e a tontura não me deixava entender a sua. O sorriso já se tornara gargalhada e já parecíamos íntimos. A conversa não demora a chegar aos pontos críticos. Nunca gostei muito de me abrir sobre aventuras amorosas, mas ela... Ah esta sim gostava de contar suas aventuras. E confesso que isto me deixava excitado. O teor de álcool em minha pequena cabeça, já me deixava doido o suficiente para imaginá-la nua em minha cama. Enquanto eu viajava nestas alucinações, só tive tempo de entender o convite...

“Vamos sair daqui? Vamos para um lugar onde poderemos ficar mais perto um do outro...”

Aceitei sem pestanejar... Levantei com toda classe de um bêbado, peguei sua mão e disse:

“Vamos!”

Não demoramos a chegar à frente de um lugar com aparência chinfrina, comparado aos lugares que eu freqüentava aquilo era um bordel! Um rapaz com mais tatuagens que seu corpo podia carregar e aparentando ter a idade de meu sobrinho tomava a frente do lugar... Lembro-me bem do nome. Inferno! Era a típica balada de jovens revoltados das noites paulistanas. Eu jamais entraria ali sozinho e por vontade própria, mas aquela altura da madrugada eu não me importava com mais nada.

Depois de uma curta conversa com o rapaz tatuado, adentramos o lugar sem pagar. Com isso percebi que minha “leoa” era freqüentadora assídua do local. Por dentro o lugar era até que agradável, a não ser pela banda barulhenta, que insistia em tocar aquele rock and roll que não me agradava. Minha expressão não me deixava mentir... Sentia-me incomodado com todos aqueles adornos nos rostos dos jovens, aquelas tatuagens enormes e todo aquele barulho ensurdecedor. Ela simplesmente sorria, e me carregava mais e mais para dentro daquela baderna. Quando me dei conta, já estava envolvido por seus braços, em meio à multidão que balançava a cabeça sem parar. De rosto colado ela me fazia “dançar”, eu me deixava levar por seu corpo, suas mãos bagunçavam meu corpo, eu cheio de tesão, seguia aquela dança pornográfica... Tudo foi se tornando silencioso e logo eu não estaria vendo mais ninguém. No salão, somente eu e ela. A tontura ajudava no balançar daquela idéia maluca. Suas mãos agora alcançavam mais do que minhas costas e meu pescoço, elas chegavam a minha calça; e por dentro dela acariciavam meu pênis, ela virava-se de costas e levantava a saia até deixar que eu alcançasse sua calcinha facilmente... Levado por esta loucura, eu colocava a mão por baixo de sua saia e a masturbava por cima da calcinha. Eu via delírio, ouvia gemidos e pedidos insanos. Em atitude que não parecia minha, abri o zíper de minha calça e coloquei meu pênis entre suas pernas, olhei a minha volta e todos nos olhavam pasmos, mesmo assim não me intimidei...

Louco, alcoolizado e irreconhecível, cheguei ao seu ouvido e anunciei: Vou te comer aqui mesmo sua safada!

Segurei-a com uma mão entre os seios e com a outra tirei sua calcinha do caminho. Ela se empinava e gemia. Penetrei-a com força, mostrando que tomei de volta meu posto de caçador... Divertia-me enquanto uma luz forte atingia meu rosto, as pessoas a minha volta gritavam e gargalhavam, tudo foi se tornando fosco, os sons se distanciavam e a luz ofuscava minha visão. Com uma das mãos enxuguei o suor que escorria em meu rosto, fechei os olhos e quando os abri... Estava deitado em minha cama, sozinho! Para meu desespero, não passava de mais um sonho como todos os outros.

“Ai meu santo caralho!”

Olhei o relógio... “Sete da manhã?”

Já estava ficando louco com esta situação, isto não poderia ir além!

Um mês de sonhos loucos assim... Sempre a encontrar esta linda moça, sempre a desejar o seu corpo escultural. Decidi que faria um esforço durante o dia para não pensar nela.

Trabalhei normalmente, fui almoçar junto a uma das secretárias, tudo isto para tentar enfiar a imagem de outra mulher em minha mente...

Logo a noite chega, e o desespero também. Tomei um calmante para dormir melhor, pensando que isto poderia me salvar de mais um sonho, e por mais longe que levasse minha mente, ela estava lá! O que eu temia aconteceu, eu me apaixonei por uma mulher que não existe! Adentrei em meu quarto e olhei a cama com medo. Estava apavorado. Não queria mais aquela tortura. Posso dizer que no começo foi prazeroso, mas agora havia se tornado um pesadelo... O calmante já me derrotava, o sono era incontrolável, então adormeci.

Nem calmante, nem toda distração do meu dia evitou mais um sonho, mas este diferente de todos, talvez o tormento na vida real, fizesse com que fosse assim.

Eu estava em um lugar muito branco, sem piso, sem teto; infinito.

Eu a via caminhar em minha direção, estava chorando... Gritava e fazia gestos bruscos. Eu fiquei sem entender nada, até conseguir escutar suas palavras.

-Seu cretino! Desgraçado! Eu acreditei em você... Você me seduziu. Eu servi apenas para satisfazer seus malditos sonhos eróticos, é isto mesmo?

-Olhe pra mim quando falo! Olha! Olhe pra mulher que você desejou por dias... Para mulher que transou por dias...

Porque fui tentar fugir?

Agora estava preso a ilusão, discutindo com alguém que não existe! Com uma mulher que não existe, mas que eu amava! Loucura? Eu estava louco mesmo... Para viver uma coisa destas? Somente em meio à loucura!

E mais uma vez acordei perdido, sem saber o que fazer... Colocava as mãos na cabeça em um ato desesperado, tentando entender o que estava acontecendo, estava pensando até em procurar ajuda psicológica... Já estava atrasado para o trabalho, estressado com a situação maluca que eu não suportava mais.

Passei o dia todo com a cara amarrada, um nó cego! Não fiz nada... Não almocei direito, não suportei olhar aquela secretária com quem almocei no dia anterior... Os papéis em minha mesa formavam uma pilha que escondia meu rosto cheio de toda a realidade que eu não queria viver. No meu pensamento a imagem da loura que tirava meu sono...

Mesmo sendo em um sonho, me sentia arrependido por ter brigado com ela. Triste, moribundo, eu não via a hora do expediente acabar. Contei as horas, até que me vi liberto daquela tortura.

Resolvi caminhar pela cidade para ver rostos novos, mulheres bem arrumadas e talvez me distrair vendo crianças brincarem em algum parque, mas nada disso adiantou. Ainda sem paciência, tomei o caminho para casa, entrei no metro e lá as coisas pioraram...

Comecei a me sentir mal, vi tudo girar e depois ficarem em câmera lenta... As pessoas esbarravam em mim, eu não entendia nada. E com a visão falha, vi uma moça, vindo em minha direção. Aconteceu muito rápido, não tive tempo de me afastar. Ela com o telefone celular nem percebeu que eu estava em seu caminho. Um grande esbarrão... Então tudo voltou a ficar lento, mas minha visão tinha voltado ao normal. Abaixei e peguei o celular que havia caído, levantei e com o mesmo ainda em minhas mãos... A moça me pediu desculpas e agradeceu por ter pego o aparelho do chão. Como em uma cena de filme romântico, olhei em seus olhos e sorri. Fiquei ali, parado. Vendo a bela moça dar as costas e ir embora, mas fiquei feliz. A vi sumir dentre a multidão que perambulava e se amontoava nas filas do metrô... Entrei no vagão que me levaria até em casa, e fui pensando nos porquês daquela decisão. Imaginei todos aqueles sonhos pervertidos que rodavam como um longa metragem em minha mente... E vi o quanto fui sensato. Agora eu poderia dizer que não estou louco, que meu amor realmente existe, e que todas as drogas que eu usava não me faziam bem. E como não faziam!

domingo, 14 de junho de 2009

um conto nada convencional

Caso de internet...

Quem não gosta de ter uma bela companhia?

EU!

Já faziam meses que eu estava só... E nem pensava na hipótese de estar com alguém.

A minha vida estava ótima sem ter que me preocupar com alguém.

Não me importava com beijos, abraços e muito menos sexo!

Eu bebia, fumava e "vagabundeava" excessivamente...

Quem gostaria de estar ao lado de um cara assim?

Bom, eu não sei...

Sei que nos últimos dias estive conversando com uma garota de outra cidade.

Nos falávamos por um "bate-papo", essas coisas de Internet...

Cada dia que passava, a cada conversa, eu me interessava mais por ela.

E minha cabeça deu um nó, por isso decidi encontrá-la...

Queria a todo custo conhecer aquela moça que só via por fotos.

Não queria nada demais, somente conhecê-la...

Eu não tinha nenhuma intenção pervertida.

Cigarros e bebidas me atraiam mais que mulheres.

Mas ela... Ah ela! Eu me encantei pelos olhos da mesma...

As fotos me diziam muitas coisas, mas ao mesmo tempo me deixavam curioso.

As coincidências eram muitas... Gostos por musica, arte, lugares e até mesmo a marca de cigarro!

Como tudo que faço na vida, eu acordei um dia e disse: vou vê-la!

Arrumei-me, peguei minha mochila e a avisei que estava a caminho.

Tudo vinha a meu favor, trocávamos palavras de amor, depoimentos, poeminhas infantis, até mesmo fiz uma musica para ela!

A primeira coisa que fiz quando cheguei na cidade onde ela morava, foi tomar uns tragos de uísque para relaxar.

Não conseguia esconder a ansiedade, o nervosismo.

Na rodoviária eu via pessoas, rostos desconhecidos, mulheres lindas que pareciam intocáveis, mas eu as odiava.

Meu pensamento sobre socializar estava abalado, eu odiava as pessoas com suas manias e modos de vida, até mesmo os meus.

No caminho que nos separava fui pensando milhares de coisas, como seria se eu não gostasse dela, ou se eu me apaixonasse e ela não gostasse de mim...

Atormentei-me com essas questões, mas mesmo assim segui em frente...

Minhas expectativas ruins se foram quando a encontrei...

"Linda", disse a mim mesmo em pensamento, os olhos brilhavam, o corpo tremia, a garganta secava, e eu engolia a seco minha timidez...

Eu estava "enferrujado", não sabia como tratá-la, nem o que dizer...

Fui simples. Fui eu mesmo, segui o meu extinto.

A euforia dela por estar comigo me assustava, mas ao mesmo tempo me confortava, pois mostrava que ela havia gostado da minha presença...

Com a educação que "mamãe" me deu, fui gentil, cordial e cavalheiro. Talvez ela nunca havia sido tratada assim, pois os olhos dela me diziam isso.

A cada ato meu de cavalheirismo, um suspiro e um sorriso dela.

A convidei para sentarmos em um "pub" um tanto quanto "granfino" que já conhecia de outras viagens naquela cidade...

Os olhos alheios nos perseguiam, pois não sou o típico "gentleman", sou mais parecido com um adolescente rebelde, com corte de cabelo nada convencional e algumas tatuagens espalhadas pelo corpo, nas orelhas dois rombos, no rosto alguns adornos... Mas talvez isso a encantava.

Para ela eu não era um cara comum, era o cara com o "estilo" que ela queria (leia-se eu era "maloqueiro"), e ainda romântico.

Durante todo tempo nos olhávamos e conversávamos coisas sobre nós, tudo para nos conhecermos.

A bebida esquecida na mesa não fazia falta, pois eu matava minha sede com as palavras da linda moça sentada a minha frente...

Eram quatro horas da tarde, e queríamos conhecer mais lugares daquela rua cheia de bares e baladas...

Saímos de um para outro, sempre conversando e trocando elogios, até que tomei a atitude de dar as mãos a ela (sim eu sei, demorou, mas eu consegui vencer a timidez). Por sorte ela não recusou.

Depois de muito tempo escolhendo nosso próximo ponto de parada, escolhemos um bar mais reservado, sem muita gente.

O lugar bonito, bem arrumado e o mais importante... Vazio!

Ali eu poderia "atacar" e mesmo que um "não" me aguardasse, ninguém veria minha cara de perdedor.

Até o momento, eu jamais imaginaria que uma moça do patamar dela pudesse gostar de mim.

Mas fui seguro, continuei com os elogios e dando atenção total a minha musa.

A certo ponto eu não conseguia mais segurar a vontade de beijá-la, eu já não entendia nada dentro de mim.

Um emaranhado de sensações rodopiaram junto com a minha cabeça. Então tomei a decisão, fui me aproximando, até quase colar nossos rostos.

Ali percebi que não seria trágico meu final, eu teria o que almejava.

Como uma cena de filme romântico, "meloso" pra ser mais exato nos beijávamos, e em intervalos rápidos, parávamos e sorriamos de olhos semi fechados e rostos colados.

"Aaaaah..." suspirei fundo e disse: "Há quanto tempo não me sentia assim”.

E um belo sorriso tomou conta do rosto dela, e com o mesmo ainda "estampado" como uma foto, daquelas que você não consegue parar de olhar sabe? Ela disse: “Nem eu... Você me faz bem!”.

Em minha cabeça só passava uma coisa. "Meu dia está ganho!”.

A noite chagara rápido, e nossa conversa já se tornara calorosa, feliz. E já não tínhamos a timidez do inicio.

Os abraços eram fortes, os beijos românticos e as caricias iam se tornando cada vez mais "calientes".

Não se era a bebida, o calor, ou a iluminação do lugar (tudo bem a iluminação é somente uma desculpa para nos aproximarmos mais, pois era um lugar de baixa iluminação). Cada vez mais nos envolvíamos na loucura um do outro.

Eu fazia carinho em seu cabelo e em seu rosto, entre um trago e outro no cigarro, um abraço.

Eu a abraçava e a beijava no pescoço, mas como forma de carinho, nada com segundas intenções...

Mas a cada beijo singelo os seus braços se arrepiavam, e os surtos de apertões na minha barriga começaram...

Em muitas vezes ela fechava os olhos, esticava os braços e mordia os lábios, como forma de mostra que estava se segurando para fazer algo.

Depois de um mútuo silencio e olhares trocados uma frase solta no ar... "Não agüento mais... Tudo em você me agrada e eu te quero agora!”.

Não pude conter minha expressão de assustado, e sem movimentação alguma, seus braços me envolveram em uma louca e calorosa ação de "ataque".

Senti-me acuado e sem saber o que fazer. Suas mãos percorriam minhas costas, e sua boca meu pescoço, seus beijos e caricias me levavam a loucura.

Sem nenhum esboço de reação, deixei que ela me entorpecesse com sua "maldita" sensualidade. Não agüentava mais aquela tortura, eu a desejava.

Suas mãos chegaram as minhas pernas, me fazendo delirar, mas estávamos em um lugar publico, não poderia deixar aquilo seguir em frente. Minha mente pensava assim, mas meu corpo não! Quando suas mãos alcançaram o vão da cadeira e o zíper da minha calça, não pude me conter, a puxei pelos cabelos (de leve claro), ao pé do ouvido o sussurro: "Pare com isso, pois já estou louco de tesão”.

Um sorriso safado e um olhar de baixo pra cima me disseram que ela não ia parar. Ela me surpreendeu quando pegou minha mão, colocou entre suas pernas e cobriu com a bolsa dela. Puxou-me para perto e quase aos gemidos me disse: "Faça o que quiser comigo, sou tua, só tua!”.

Estático e quase em estado de choque, não fiz nada. Ela pegava minha mão e mesmo por cima de sua calça me forçava a masturbá-la. Por sorte, o lugar estava vazio.

Não me contive, continuei, e a levei a loucura, mas eu não queria aquilo...

Com muito esforço, consegui fazê-la parar, um sossego e uma dor imensa no meio das pernas, com o pênis quase estourando minhas calças, me contive.

As horas foram passando e as pessoas foram chegando e lotando o lugar, assim como todos os bares daquela rua.

Eu me segurando para não "agarrar" no pescoço dela e arrancar sua roupa com os dentes, e ela me olhando com aquela cara de safada e se mordendo para não fazer o mesmo comigo.

A vontade já se tornava incontrolável, e não poderia mais ficar ali, pedi para nos retirarmos com a desculpa esfarrapada de estar com sono, mas o tesão saia pelos meus poros...

Foi um trabalho árduo convencê-la a ir embora, mas consegui!

Subíamos a rua, e ela não parava de me jogar nas vielas escuras para me perturbar com suas loucuras sexuais.

Eu já estava louco, não suportava mais aquela vontade de tê-la nua na cama.

Quando pensei que tinha acabado, e já estávamos acalmados, mais uma vez fui surpreendido por um surto dela.

Desta vez não pude me conter, deixei que suas mãos abrissem meu zíper, o frio dominou meu pênis, mas sua mão quente o aqueceu e lambuzou com todo tesão que ela me passava. Com uma mão me masturbava e com a outra me arranhava...

Eu virei uma mescla de preocupação e sensações...

Estávamos literalmente em publico, e ela nem ligava para isso, continuou com seu trabalho de me deixar louco...

Ela me pedia em voz baixa, para que colocasse meu pênis no meio de suas pernas, eu atendi seu pedido insano. Ela rebolava, enlouquecia e me deixava louco.

Eu me segurava para não gozar. Ela pegava minhas mãos e fazia com que eu passasse em seus seios e suas pernas. Os seios endurecidos e empinados mostravam o teor de tesão. Não suportei quando vi seu rosto com uma expressão louca, de olhos fechados. Ela dizia em voz baixa, dizendo a si mesmo: "Rebola, rebola e rebola...”.

Isso foi pra mim a melhor forma dela me mostrar que estava gostando daquilo!

A pior coisa era saber que não podíamos continuar ali, tive que lhe pedir que parasse.

Pegamos o rumo para o metrô. Nos rostos expressões de felicidades, sorrisos singelos.

Adormecemos ao som dos trilhos, misturado a musica dividida entre os fones.

Quando abri os olhos, enxerguei aquela que me mudou. A vi de olhos fechados com a cabeça encostada em meu ombro e pensei: "Aquela imagem de anjo, tornou-se a imagem do meu desejo...”.

A olhei por alguns segundos e a vi acordar. Ela acordou e me deu um beijo... Quando saímos do metrô eram cinco horas da manhã, eu não conseguia parar de olhar seu corpo... Ela percebeu que ainda a desejava e me agarrou. A afastei segurei em seus braços e disse: "Melhor pararmos antes que eu arranque sua roupa e te coma inteira aqui mesmo!”.

Ela entendeu o recado. Paramos no primeiro motel que avistamos e ali eu fui feliz junto dela...

O assexuado passou a pervertido... E todos meus conceitos caíram por terra. Mal posso esperar para a próxima vez.

Talvez eu me faça de difícil, pois adoraria passar por tudo isso mais uma vez!